Jundiaí confirma quarto caso de Febre Maculosa do ano

Na terça-feira (7), Jundiaí recebeu do Instituto Adolfo Lutz a confirmação do quarto caso positivo para Febre Maculosa. Trata-se de uma mulher de 58 anos, moradora em área de transmissão, que iniciou os sintomas no dia 11. Ela recebeu atendimento do serviço municipal de saúde e evoluiu para óbito no dia 17 de outubro. Neste ano, dos casos de Febre Maculosa registrados em Jundiaí, três foram contraídos dentro da cidade.

Atualmente, Jundiaí tem quatro regiões classificadas como área de risco de transmissão da doença. A equipe técnica da Prefeitura monitora essas regiões permanentemente. São elas a Região da Vila Maringá, incluindo os bairros Terra Nova e Paiol Velho; Malota; Vista Alegre e Pinheirinho.

Ações preventivas

Com o calor e a chuva propiciando o crescimento rápido da vegetação, a Prefeitura de Jundiaí intensificou o trabalho preventivo à Febre Maculosa. A ação acontece principalmente em áreas públicas com circulação de animais hospedeiros de carrapatos.

“De maneira permanente, realizamos a zeladoria da cidade, mantendo a vegetação roçada. Em locais de maior risco de parasitismo, mapeados pela Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), intensificamos o trabalho para reduzir a possibilidade de dispersão de carrapatos”, informa o diretor do Departamento de Parques, Jardins e Praças, Rudislei Santos.

Além disso, Jundiaí iniciou nesta semana a instalação de placas de orientação sobre o risco da existência de carrapatos em áreas públicas onde pode ter a presença de cavalos, bois e capivaras – principais amplificadores da carga da bactéria causadora da doença nos carrapatos-estrela. A bactéria, no entanto, está presente em menos de 1% da população de carrapatos-estrela presente no ambiente.

“Estamos dando andamento à uma série de medidas definidas em conjunto com técnicos de diversas Unidades de Gestão da Prefeitura. Ao mesmo tempo em que estamos agindo nos territórios, ampliamos as ações de conscientização. É fundamental, também, que a população se atente para as medidas de enfrentamento da doença e sobre a importância do atendimento médico oportuno, relatando o acesso a áreas de risco”, ressalta a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Fauzia Abou Abbas Raíza.

Doença

A Febre Maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato-estrela, vetor da bactéria do gênero Rickettsia. Entre os sintomas da doença estão: febre, dor no corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo. O período de incubação é de 2 a 14 dias.

A orientação é que a pessoa procure atendimento médico imediatamente, caso apresente sintomas sugestivos em até 15 dias, após ter acessado áreas de risco (de mata, capina, ciliares ou de pasto). Além disso, independentemente de ter identificado carrapato ou picada no corpo, deve-se informar ao médico que esteve nessas áreas. O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos. Somente a picada de carrapato, sem os sintomas característicos (febre, dor de cabeça, dor abdominal, manchas na pele vômito), não exige medicação.

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