Médico com faixa de Dezembro Vermelho, campanha de conscientização e prevenção do HIV
Foto: Freepik

Com papel de destaque para a saúde de Jundiaí, os profissionais do Hospital São Vicente de Paulo são comunicadores. Assim, a equipe contribui com a saúde da população, sendo voz para assuntos relevantes, alertando sobre riscos de doenças e promovendo campanhas de prevenção.

O Vírus da Imunodeficiência Humana Adquirida (HIV) é um retrovírus que ataca o sistema imunológico, comprometendo a defesa contra microorganismos como bactérias, fungos e outros vírus. Além disso, aumenta o risco de ocorrência de doenças cardiovasculares e de câncer. No combate a desinformação, ressalta-se que viver com HIV não significa apresentar síndrome da imunodeficiência adquirida, a Aids. O tratamento adequado poupa o sistema imunológico e as complicações decorrentes da infecção não ocorrem. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), ao longo do ano passado, o Brasil teve 50 mil novos casos. Assim, o país atingiu à marca de 960 mil pessoas vivendo com HIV.

Infecção

De acordo com a médica infectologista Fernanda de Oliveira Souto, do Serviço de Controle de Infecção Relacionada a Assistência à Saúde (SCIRAS) do HSV, a infecção pelo HIV pode cursar com um longo período assintomático. “Inicialmente podem surgir sintomas inespecíficos como febre, mialgia, aumento de linfonodos, porém outras manifestações como perda de peso e infecções oportunistas podem demorar anos para ocorrer. Por isso é importante prevenir a doença e procurar atendimento em caso de exposição de risco ou apresentação de sintomas para o diagnóstico adequado”.

A transmissão pode ocorrer por via sexual sem preservativo, pelo compartilhamento de materiais perfuro-cortantes – como agulhas e alicates de unha -, transfusão de hemocomponentes, na gestação, no parto ou pela amamentação em casos de mulheres que vivem com a doença sem tratamento. No entanto, a disseminação do vírus não ocorre pelo beijo, aperto de mão, contato com suor ou lágrimas, picada de insetos, piscinas, compartilhamento de talheres, copos, sabonetes ou toalhas, por exemplo.

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“Nosso maior desafio segue sendo o combate à desinformação e ao preconceito. Deve-se evitar contato de maneira insegura conforme descrevemos. Vale lembrar também que os postos de saúde disponibilizam preservativos de forma gratuita, sendo essa uma das maneiras mais acessíveis de prevenir a infecção”, conta a infectologista.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico do HIV é feito por meio de exames que utilizam amostras de sangue ou saliva. Dessa forma, esses detectam a presença de anticorpos contra esse vírus. A identificação e o tratamento precoces são importantes para evitar complicações e garantir qualidade de vida para as pessoas que vivem com HIV. Apesar de ainda não existirem vacinas disponíveis que garantam imunização contra o vírus, estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) medicamentos para profilaxia pré-exposição.

“A PrEP é indicada para àqueles com maior risco de entrar em contato com o vírus. Já a profilaxia pós-exposição, que chamamos de PEP, é indicada para pessoas que já foram expostos ao vírus. É importante lembrar que a PEP deve ser administrada em até 72 horas após a exposição. Todas as medidas devem ser prescritas e acompanhadas pelo serviço de saúde de referência. É preciso falar sobre o assunto sem receios. O HIV tem tratamento e a medida mais eficaz contra o vírus ainda é a prevenção”, reforça Fernanda.