
Pesquisadores da USP conseguiram recentemente sequenciar, isolar e cultivar o coronavírus covid-19 em laboratório.
Agora, as agências de regulação, governos, pesquisadores e indústria farmacêutica estão em conjunto trabalhando para criar uma vacina em tempo recorde com base em DNA, mRNA e em proteína recombinante do vírus, para expandir a prevenção contra a doença.
O professor Helder Nakaya, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, que também faz parte da Comissão de Ensino da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), falou sobre o assunto.
Ele conta que as vacinas estão no começo da fase de testes em humanos, para averiguar questões de segurança e também a capacidade da vacina de gerar anticorpos.
É esperado que dentro de um ano e meio a vacina seja disponibilizada no mercado, prazo que seria muito rápido segundo o professor, uma vez que o desenvolvimento dessas pesquisas é complexo.
Ele explica que várias empresas internacionais estão empregando diferentes tecnologias para desenvolver uma forma de imunização contra o covid-19, inclusive se valendo do mRNA: “A vacina tenta preparar o sistema imunológico a responder a uma possível infecção. Então podemos usar vírus atenuados no seu desenvolvimento, mas também existe a possibilidade de usarmos pedacinhos de vírus em uma proteína recombinante que induz uma resposta imunológica”.
Aqui no Brasil, os pesquisadores da USP estão estudando várias formas de desenvolver as vacina à base de mRNA, contando com a orientação de especialistas internacionais.