
Quase 68 mil pessoas estão atualmente na fila de espera por órgãos no Brasil. Enquanto isso, no país, um dos maiores desafios é a alta taxa de recusa por parte das famílias de possíveis doadores, que gira em torno de 40%. Segundo Liz Rezende, juíza auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ter o conhecimento de que o familiar falecido desejava ser doador de órgãos, registrado em um documento público, é um elemento muito importante para ajudar na decisão das famílias.
A revolução do “e-Notariado” para doação de órgãos
Recentemente, o CNJ, em parceria com os cartórios de notas do Brasil, lançou uma plataforma digital chamada e-Notariado. Esse sistema permite que as pessoas registrem sua vontade de doar órgãos de forma rápida e oficial, eliminando etapas burocráticas. A opção chamada AEDO (“Autorizacão Eletrônica de Doação de Órgãos”) está disponível no aplicativo e pode ser preenchida diretamente pelo celular.
📝 Participe do nosso grupo exclusivo de vagas de empregos e receba diariamente as novidades direto no seu WhatsApp! Acesse e faça parte da nossa comunidade 👉 https://bit.ly/Tribuna-de-Jundiaí-Empregos-2
O processo é simples e intuitivo: após preencher o formulário, o usuário participa de uma chamada de vídeo com uma funcionária do cartório para validação. Assim, o documento é oficialmente registrado e integrado a um banco de dados acessível pelas equipes médicas.
Como funciona na prática?
Com o sistema eletrônico, os médicos dos hospitais conseguem identificar potenciais doadores no banco de dados, comunicar as famílias e apresentar a autorização registrada. Caso a família concorde, a equipe realiza a captação dos órgãos.
Apesar de seu potencial transformador, o e-Notariado ainda é subutilizado. Até o momento, pouco mais de 8,4 mil pessoas registraram suas intenções na plataforma.
[tdj-leia-tambem]