Umidificador de ar branco em funcionamento, usado para reduzir os impactos da baixa umidade do ar em ambientes internos.
Foto: Divulgação/ HSV

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, nesta quinta-feira (11), um alerta de “Grande Perigo” em razão da queda acentuada na umidade relativa do ar. O aviso atinge os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal, que devem registrar índices inferiores a 12%, nível considerado extremamente crítico para a saúde e para o meio ambiente.

Em Jundiaí, assim como em outras cidades do interior paulista, o período de estiagem tem se intensificado, agravado pela falta de chuvas e pelas altas temperaturas. Nesta quinta-feira, a Defesa Civil do município registrou índice de apenas 14,1%, colocando a cidade em estado de alerta.

Impactos à saúde

O pneumologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dr. Eduardo Leme, alerta que os efeitos do ar seco vão além do desconforto físico.

“Em condições de umidade muito baixa, é comum que pessoas com doenças respiratórias, como asma e bronquite, apresentem piora dos sintomas. Crianças, idosos e pessoas com condições crônicas merecem atenção redobrada. Mesmo quem não tem problemas prévios deve manter hidratação adequada e evitar exposição prolongada ao ar seco”, explica o médico.

Dr. Eduardo Leme, do HSV, alerta para cuidados respiratórios diante baixa umidade (Foto: Divulgação/ HSV)

Segundo ele, os efeitos do clima incluem ressecamento da pele, irritação nos olhos, dor de cabeça, fadiga, dificuldade para dormir e crises de tosse persistente. A situação também favorece incêndios florestais, que pioram a qualidade do ar e elevam os riscos respiratórios, principalmente em quem já sofre de alergias, rinite, sinusite e doenças pulmonares crônicas.

Recomendações médicas

Para reduzir os impactos da baixa umidade, o especialista reforça cuidados simples e eficazes:

  • Beber água regularmente, mesmo sem sentir sede;
  • Usar soro fisiológico para hidratar vias respiratórias e olhos;
  • Evitar banhos muito quentes, que ressecam a pele;
  • Aplicar hidratantes corporais e labiais;
  • Consumir frutas ricas em água, como melancia, laranja e melão.

No caso das crianças, a recomendação é evitar brincadeiras ao ar livre nos horários mais quentes, garantindo pausas para hidratação. Já os idosos precisam de atenção especial, pois muitas vezes não sentem sede mesmo em situações de desidratação. Pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas devem seguir corretamente as orientações médicas e buscar atendimento diante de sintomas como falta de ar intensa, tontura ou palpitações.

“É recomendável manter os espaços arejados e, sempre que possível, usar umidificadores de ar ou alternativas caseiras, como bacias de água ou toalhas úmidas. Pequenas medidas fazem a diferença para reduzir os efeitos nocivos do tempo seco”, reforça Dr. Eduardo.

Alertas da Defesa Civil

A Defesa Civil estadual também emitiu comunicado de atenção nesta quinta-feira, enviado por meio do sistema Cell Broadcast (mensagem de celular). Segundo o levantamento, 138 municípios paulistas apresentaram índices de umidade entre 12% e 21%, em estado de alerta. Já em 36 cidades, os níveis ficaram abaixo de 12%, configurando estado de emergência.

Além dos riscos à saúde, o órgão alerta para a possibilidade de queimadas em áreas florestais em todo o território paulista.

Cuidados gerais recomendados pela Defesa Civil

  • Ingerir bastante água ao longo do dia;
  • Evitar exposição direta ao sol nos horários mais quentes;
  • Reduzir a prática de exercícios físicos em períodos de calor intenso;
  • Permanecer em locais arejados, frescos e cobertos;
  • Manter ambientes umidificados com toalhas úmidas ou umidificadores;
  • Em idosos, aplicar soro fisiológico nos olhos e nariz;
  • Em pets, observar sinais de desconforto respiratório ou ocular e procurar atendimento veterinário se necessário.

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