Fabrizio Dias com seu novo andador.
Foto: Arquivo Pessoal

Já contamos algumas vezes aqui sobre os processos de tratamento do pequeno Fabrízio e a batalha que enfrenta desde muito novo. O menino de sete anos de idade, foi diagnosticado com paralisia cerebral quando tinha apenas quatro anos e desde então não parou de lutar.

Um dos objetivos é de que Fabrízio consiga andar sozinho, mas o processo não foi e não é simples.

De acordo com a mãe do menino, Fátima Dias, os médicos já vinham estudando a possibilidade de Fabrízio precisar de uma andador especial há algum tempo.

O equipamento foi deixado de lado enquanto outros tratamentos se faziam mais urgentes, como órteses e sandálias ortopédicas. Mas, a hora do andador chegou.

Este ano a família recebeu a notícia de que não podiam mais esperar, tinham que comprar o andador para que o tratamento ortopédico de Fabrízio prosseguisse.

Como o equipamento não é barato, a cunhada de Fátima se prontificou a criar uma ‘vakinha’ online para arrecadar o valor do andador por um preço mais barato.

As pessoas se mobilizaram e eles conseguiram o valor mas, chegando no fornecedor, viram que o andador ideal para Fabrízio era bem mais caro.

“Chegando lá a gente viu qual seria melhor para ele, o mais adequado e na hora do orçamento o valor era muito acima do que a gente tinha conseguido. Então voltamos e eu não sabia o que fazer. Pensei em um empréstimo”, relatou Fátima.

A fisioterapeuta então sugeriu que fosse criada uma outra ‘vakinha’, para arrecadar o valor que faltava para o andador. “Foi uma grande surpresa que em plena pandemia a gente atingiu o objetivo em oito dias. Conseguimos mais que o valor do andador“, comemorou a mãe.

Mais um passo

Na quinta-feira (10), a família conseguiu ir até o fornecedor buscar o andador e, segundo Fátima, Fabrízio ficou eufórico com a conquista.

“Ele foi numa alegria imensa! Chegando lá eles regularam o andador certinho para ele. Ele andou lá não queria parar de andar e ficou radiante.”

O tratamento com o novo aparelho deverá ser feito diariamente, para o fortalecimento dos músculos inferiores do menino. De acordo com a fisioterapeuta que ajuda no tratamento de Fabrizio, Carina Gonçalves, o estímulo acontece de várias formas. A médica diz que o paciente tem mostrado avanço nos procedimentos.

“É um menino muito esforçado, faz terapia a semana inteira. Até pouco tempo atrás, cerca de um ano, ele não trocava passos quando apoiado” relatou Carina, “É um trabalho de formiguinha”, completou.

Fabrizio Dias
Fabrizio testando o novo andador. (Foto: Arquivo Pessoal)

O andador deve facilitar a mobilidade e autonomia de Fabrizio para conseguir um dia dar seus primeiros passos sem auxílio de nenhum equipamento, mas é uma questão que só o tempo responderá, segundo Carina.

A fisioterapia irá determinar agora quanto tempo o menino deve ficar no andador, manipulação e postura do paciente. Durante as consultas, Fabrizio aprenderá a manusear o aparelho de forma independente.

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