A Unidade de Gestão de Cultura (UGC), por meio do Departamento de Museus, deu início, nessa terça-feira (16), às formações para educadores com foco na Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita”, exposição inaugurada na última semana no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão e que, em somente quatro dias já recebeu mais de três mil visitantes.

A primeira turma foi a de educadores das disciplinas de Humanidades da escola estadual Deolinda Copelli de Lima, da Vila Ruy Barbosa. Além de uma palestra com o diretor do Departamento de Museus, Paulo Vicentini, os participantes puderam conferir a exposição.

“Esta exposição vem na sequência de exposições propostas pela UGC e pelo Departamento de Museus com foco nos Direitos Humanos e na abordagem de crimes contra eles e contra a Humanidade. Um dos exemplos foi a escravidão, já tratada em outras ocasiões. E agora, trazemos como tema mais um crime, que foi o Holocausto, e não mediremos esforços para que o tema chegue até todas as escolas, todos os professores e todos os alunos”, comentou Vicentini. De acordo com ele, todo o material gráfico da exposição produzido pela UGC poderá ser distribuído, gratuitamente, aos interessados para propostas pedagógicas.

Depoimento

Um dos visitantes, o professor de Filosofia e Projeto de Vida da escola, Nelson Zanini, que reforçou a importância de se tratar do tema. “O Holocausto é um dos temas que compõem o currículo do curso de Filosofia e, por isso, eu não podia deixar de vir e de, agora em sala de aula, incentivar que os alunos venham ao Museu e tenham esta vivência. O Século 20 foi um século transformador, mas foi também quando o mundo viu surgirem os campos de concentração. Precisamos falar a respeito, evitar que se alimente o ódio, para que isso nunca mais se repita”.

Mais formação

Na última segunda-feira (15), um grupo de cinquenta educares da rede estadual de ensino dos cursos de Geografia e História, do Ensinos Fundamental 2 e Médio, também participaram de uma formação promovida pela Departamento no Museu Ferroviário e no Arquivo Histórico, ambos no Espaço Expressa (antigo Complexo Fepasa).

O objetivo desta formação, além de também incentivar a divulgação dos espaços culturais para os alunos, foi o de apresentar aos educadores a estrutura dos equipamentos, a rotina de trabalho de catalogação e digitalização do acervo, bem como apresentar como os profissionais podem requerer e utilizar as fontes disponíveis para trabalho em sala de aula.

Conheça a exposição

A exposição “Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita” segue em cartaz, com visitação gratuita, até o dia 06 de agosto, com classificação etária para maiores de 12 anos.

Além do acervo de fotos, mapas, textos e instalações artísticas da UGC, a mostra contempla ainda as exposições “Shoá: como foi humanamente possível?” e “Os justos entre as nações da Lituânia”, propostas pelo Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto de São Paulo e do Consulado Geral da República da Lituânia de São Paulo.