O Dia da Indústria é comemorado para reconhecer e celebrar a importância do setor industrial na economia, no desenvolvimento e na vida das pessoas. É ela quem gera empregos, produz bens e serviços, inovação tecnológica e desempenha um papel fundamental no avanço da sociedade como um todo. Atualmente, a indústria da região comemora números positivos na geração de empregos e número de empresas. A diversidade da região também contribui para um crescimento sustentado.

“A indústria é um dos principais motores do nosso crescimento econômico de um país. É um grande gerador de empregos, oferecendo oportunidades de trabalho para pessoas com diferentes níveis de habilidades e qualificações. Isso ajuda a reduzir o desemprego e a promover a inclusão social”, comenta Marcelo Cereser, diretor titular do CIESP Jundiaí.

Geração de emprego

“Em março deste ano, de acordo com o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), nós tínhamos 153.364 pessoas empregadas na indústria da nossa região. Oportunidades de trabalho que proporcionam estabilidade e sustentabilidade para muitas famílias, crescimento social e o bem-estar das pessoas”, comemora. A região do CIESP Jundiaí tem 11 municípios: Cabreúva, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Várzea Paulista e Vinhedo.

A diversidade da indústria da nossa região, de acordo com o diretor do CIESP Jundiaí, merece destaque. “A nossa diversidade é notável: temos 3.008 estabelecimentos industriais, 3,5% do total de estabelecimentos da indústria de transformação do estado”, sinaliza.  “A diversificação da nossa economia é um dos pontos fortes da região, proporcionando uma base sólida e resiliente para o crescimento econômico sustentável”, completa. Além disso, Marcelo anunciou que dos 3.008 estabelecimentos industriais da região, 16,1% são do setor Fabricação de Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos, seguido por Fabricação de Produtos Alimentícios com 11,8%, Manutenção e Reparação de Máquinas e Equipamentos com 11,1% e Fabricação de Produtos de Borracha e Material Plástico com 10,1%.

Inovação e Avanço Tecnológico

A indústria impulsiona a inovação e o desenvolvimento tecnológico, investem em pesquisa e desenvolvimento, criando produtos, processos e tecnologias que melhoram a qualidade de vida das pessoas, impulsionam a competitividade e abrem caminho para o progresso e o mercado externo. “A nossa indústria tem se destacado também pela busca constante da excelência em seus processos produtivos com a adoção de tecnologias avançadas. A capacitação dos colaboradores são prioridades para as empresas locais. E, sobre isso, temos que reforçar o papel das nossas escolas SESI e SENAI que atuam, fortemente na educação de nossas crianças, jovens e adultos preparando-os para atuar na indústria”, defende Marcelo e reforça “esses investimentos resultam em produtos e serviços de alta qualidade, que conquistam mercados tanto no Brasil quanto no exterior”, completa.

E quando o assunto é investimento e avanço tecnológico, Marcelo lembrou da Jornada de Transformação Digital, promovida pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, com apoio das Escolas SENAI, cuja meta é atender 40 mil indústrias de todo o Estado. “Durante sua campanha para a presidência do CIESP, nosso presidente Rafael Cervone estabeleceu um compromisso com todas as 42 regionais de estar cada vez mais próximo dos empresários e associados. A jornada é uma prova disso: levando as indústrias de todo estado para outro nível em competitividade e atualização tecnológica”, explica.

Responsabilidade social e ambiental

Para Marcelo, outro tema que merece destaque é a responsabilidade social e ambiental da indústria. “Nossas empresas estão cada vez mais engajadas em práticas sustentáveis, buscando reduzir o impacto ambiental de suas operações e promovendo ações de responsabilidade social junto às comunidades em que estão inseridas”, defende. A sustentabilidade na indústria é um tema importante que tem ganhado cada vez mais destaque. “As empresas têm buscado adotar práticas mais sustentáveis em suas operações, como a redução do consumo de energia e água, a utilização de fontes renováveis de energia, a gestão adequada de resíduos e a adoção de processos mais eficientes e menos poluentes. Além disso, a indústria também tem investido em tecnologias mais limpas que resultam na produção de produtos mais sustentáveis e na continuidade dos negócios em longo prazo”, completa.

Marcelo reforça ainda que está confiante. “O industriário é um otimista por natureza e por isso, gostaria de parabenizar todos os meus colegas empresários e os trabalhadores da indústria pelo trabalho árduo, dedicação e resiliência, fundamentais para que a indústria continue promovendo crescimento e desenvolvimento. Vamos celebrar essa data com orgulho e reconhecimento, valorizando o trabalho e o impacto positivo que a indústria tem em nossas vidas”, completa.

Um pouco de história

O Dia da Indústria (25/05), foi instituído em homenagem ao patrono da atividade no Brasil, Roberto Simonsen*, falecido nessa data, em 1948. Sua trajetória sintetiza a força, resiliência e capacidade de trabalho do empresariado do setor, como se observa em São Bernardo. Tais características sempre foram marcantes naqueles que se dedicam a transformar matérias-primas em produtos para melhorar a vida das pessoas!

O primeiro grande impulso da manufatura brasileira ocorreu no período imediatamente posterior à Primeira Guerra Mundial, que criou dificuldades de importação, abrindo espaço para a produção nacional. Nesse movimento, o CIESP, fundado em 28 de março de 1928, representou mudança fundamental para a industrialização. Nasceu para transformar não apenas métodos, mas também pensamentos. A eleição da primeira diretoria teve o Conde Francisco Matarazzo como presidente e vice, Roberto Simonsen. Os demais cargos foram ocupados por representantes das principais empresas e ideias daquele momento, dentre eles Horácio Lafer, Jorge Street, José Ermírio de Moraes e Antonio Devisate.

A partir da década de 1950 do século passado, a indústria teve um novo impulso no Brasil, chegando a representar 25% do PIB nacional. Nas últimas quatro décadas, sua participação foi caindo, situando-se hoje em 11,3%. Não é sem razão que o crescimento econômico do País também tenha diminuído nesses 40 anos. Afinal, o setor é um grande gerador de empregos, paga os melhores salários, é o que mais promove inovação e aporte tecnológico e agrega valor às exportações. Por isso, temos defendido perante o governo, com força e insistência, uma nova política pública de médio e de longo prazo para seu fomento.