Na manhã desta terça-feira (21), o Teatro Polytheama recebeu o encontro do 1º Fórum das Infâncias, com o tema “Promover a Participação”. A ação integra a programação do Encontro de Cidades das Crianças, promovido pela Prefeitura de Jundiaí, e o tema é um dos eixos do programa.

O encontro contou com a mediação de Raquel Ribeiro, representando o Centro de Criação de Imagem Social (CECIP) e Secretaria de Meio Ambiente e Clima do Município do Rio de Janeiro. De acordo com a prefeitura, a manhã de atividades começou com o Coral da Emeb Melânia Fortarel Barbosa.

As atividades começaram com a apresentação da gestora da Unidade de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS) de Jundiaí, Maria Brant. A gestora apresentou um panorama de atuação dos serviços da Unidade, o perfil do público em situação de vulnerabilidade no Município e o trabalho intersetorial desenvolvido. “Assim como sempre é enfatizado pelo prefeito, Luiz Fernando Machado, atuamos na certeza de que o combate às desigualdades sociais só terá resultado se o foco dos investimentos estiver nas Infâncias, incluindo aí também o trabalho com as gestantes”, comentou Maria.

Foto: Prefeitura de Jundiaí

Para tratar do tema do Fórum, Francesco Tonucci reforçou a importância dos Comitês das Crianças como forma de garantia de promoção da participação.

“Dizer que precisamos das crianças para salvar as cidades parece paradoxal, mas temos visto como os adultos não têm sido capazes de salvá-las. Por isso, temos o dever moral de deixá-las nos ajudar. E quando um prefeito diz para as crianças, por meio do Comitê, que precisa delas, ele deve saber que precisará escutá-las e precisará de pessoas capacitadas, para que surjam no diálogo aquilo que elas ainda enxergam, mas que nós adultos já não mais vemos”, comentou.

Iniciativas do Comitê das Crianças em Jundiaí

Em seguida, a coordenadora de Redes de Cidades das Crianças, Lorena Morachimo, compartilhou a metodologia utilizada e as diversas iniciativas de Comitês das Crianças. Ela abordou não só o foco nas cidades, como também: para o gerenciamento de reservas naturais, como na Patagônia; de clubes esportivos, como o time de futebol portenho San Lorenzo, na Argentina; de parques, como o Jardim Botânico de Culiacán, no México; do canal de televisão infantil argentino Paka Paka, cujas crianças opinam sobre a programação; e de hospitais, como o Pedro de Elizalde, também em Buenos Aires, que inspirou o trabalho de escuta de Jundiaí no Hospital Universitário.

Para concluir, Paula Querido, coordenadora da rede Argentina de Cidades das Crianças, apresentou com dinâmicas e atividades interativas as metodologias e técnicas utilizadas para a formação de mediadores de Comitês.

“Eu estou feliz pela transformação pela qual estão passando Jundiaí e as cidades do Brasil que começam a se somar. Acho que há muito o que fazer e começar a trocar, entre Argentina, Brasil e muitos países da Rede, que já passaram por diferentes experiências. E a Rede é para isso, para compartilhar o que fomos descobrindo. Emociona saber que aqui tão perto de nós está acontecendo tudo isso”, comentou Paula.

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Além disso, compuseram a comitiva argentina Juan Pedro Querido e Melina Goldstein, mediadores dos comitês da capital do País. Assim como nas outras atividades do Encontro, o cerimonial e apresentação dos participantes ficaram por conta dos integrantes do Comitê das Crianças.

Também participaram do Fórum o cônsul-geral da Itália em São Paulo, Domenico Fornara; e a diretora didática do Consulado, Mônica Faggionato; além dos gestores da Casa Civil, Gustavo Maryssael de Campos; de Cultura, Marcelo Peroni; e de Educação, Vastí Ferrari.

Visitas monitoradas

Para este Fórum, os inscritos participaram de visitas em duas escolas municipais: a Emeb Professor Joaquim Candelário de Freitas, na Vila Hortolândia; e a Emeb Brígida Gatto Rodrigues, no Jardim Bonfiglioli. Esta última com acesso ao Bosquinho do Bonfiglioli, uma área naturalizada recentemente reformada e com diversos atrativos para os alunos.

Entre as participantes estavam as educadoras de Americana (SP), Edilma Regina Scomparim e Melissa Gobbo Liasch. “Trabalhamos com o Ensino Fundamental, principalmente alunos de 7 a 14 anos. Nossa educação também começou a utilizar os ‘chrome books’ e salas ‘makers’ há pouco tempo. Pudemos absorver ótimas ideias observando as salas de aula e a disposição dos dispositivos”, comenta Edilma em visita ao laboratório da Emeb Candelário.

“Estamos tendo uma grande oportunidade de aprender com estas visitas, e o que mais nos surpreendeu foi a excelente utilização dos espaços, transformados em ambientes lúdicos e únicos, e tendo os alunos como um sujeito ativo de todo este processo”, relata Melissa.