Geraldo Rufino, ex-ensacador de carvão, ex-catador de latinhas e hoje CEO da JR Diesel, maior recicladora de caminhões da América Latina, é o convidado do próximo Café Show da Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí.

O evento, que tem correalização da Proseftur, é no dia 27 de junho, a partir das 7h30, no Auditório da Universidade Paulista (Unip), com entrada aberta e gratuita a associados e não associados. As vagas são limitadas.

Em Jundiaí Geraldo Rufino apresenta a palestra “O Catador de Sonhos”, mesmo tema do livro em que ele ensina como transformar a vida e os negócios, como enxergar oportunidades em cenários diversificados e como não se deixar abalar pelas crises.

Empreendedor visionário, trabalhador incansável e otimista incorrigível, ele nasceu em uma família pobre e sem dinheiro, que dividia restos de comida da feira.

“As pessoas se referem a mim como catador de sonhos por causa das minhas latinhas. Mas na vida real, qual a diferença entre catar latinha e ter uma empresa de reciclagem automotiva que é referência na América Latina? Não há diferença nenhuma!”, afirma em uma de suas muitas palestras ministradas pelo país.

“Cresceu o tamanho da lata, mas não mudou nada. Sou a mesma pessoa. Sou forte e as pessoas acham que sou forte por conta do primeiro carrão alemão ou do primeiro milhão. Não, isso é um equívoco! Sou forte nos meus valores”, acrescenta.

Os valores que carrega hoje Geraldo aprendeu ainda na infância, com a mãe, que dizia que ser pobre não era um problema, era uma situação que ele podia mudar, só dependia de quanto tempo estava disposto a se dedicar a isso. Ela dizia que ser negro era um privilégio e Geraldo devia agradecer a sua cor.

“Desde muito cedo aprendi ordem dos valores e um deles é a gratidão: não pelo smarthphone adquirido, mas pelo dia, pelo tempo. Hoje vou para os lugares para impactar as pessoas, para que elas voltem para sua essência e busque lá as suas fortalezas, o que está dentro de nós.”

Essa gratidão do empresário pelo tempo também é herança da mãe, que morreu quando Geraldo ainda tinha 7 anos. A perda fez com que ele percebesse ainda criança, que o tempo dela havia acabado. “Eu só queria ela mais um pouquinho. Foi aí que descobri o valor do tempo. Entendi o quanto devemos agradecer por cada dia que temos o privilégio de reiniciar. E hoje todos os dias para mim é como se fosse o primeiro dia”.

Depois da morte da mãe, Geraldo passou a ensacar carvão e aos 11 anos decidiu pegar latinha em um aterro sanitário próximo da favela do Sapê, na zona oeste de São Paulo.

Fazia isso com espírito de empreendedor, de quem trabalhava para ele e não para os outros. “Entendi que era uma oportunidade de ser livre e independente. Eu trabalhava para mim, então trabalhava 12 por dia e não cansava”.

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Ao longo de sua vida, Geraldo arriscou, quebrou seis vezes, sendo a última em 2003 depois de um investimento malsucedido. Em 1985 fundou a JR Diesel e transformou o segmento de desmanche de veículos aplicando organização e inovação. Hoje tem um faturamento de R$ 50 milhões ao ano

Quem quiser ouvir a história inspiradora de Geraldo Rufino no Café Show da ACE deve realizar a inscrição aqui.