Calor em Jundiaí. (Foto: Valdir Palma)
Calor em Jundiaí. (Foto: Valdir Palma)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para o perigo de morte por hipertermia em partes do Centro-Oeste e do Sudeste, além de áreas do estado do Tocantins. O alerta vale até quinta (8) ou sexta-feira (9), dependendo da localidade.

A hipertermia é a condição caracterizada pela elevação da temperatura corporal quando o organismo produz (febre) ou absorve mais calor do que consegue dissipar.

O alerta vale para a região de Campinas, onde Jundiaí está inserida. Nesta terça-feira (6), Jundiaí registrou a máxima de 38,76ºC, conforme informações do Portal Agrometeorológico do Ciiagro.

Conforme informações do Cepagri, essas condições se mantêm até a próxima quinta-feira (8). Na quarta-feira (7), as temperaturas ficam entre 21 e 37ºC e na quinta-feira entre 22 e 38ºC. A partir da sexta-feira (9) à tarde é esperado um aumento de nebulosidade e chuva entre a sexta-feira e o sábado (10), com chances de temporais. Nos próximos dias mais informações serão disponibilizadas.

Cinco graus acima da média

O meteorologista do Inmet, Olivio Bahia, explica que no Brasil não é comum ver morte associada a onda de calor. “No Brasil não é comum, mas sabemos que o corpo humano sente. Essas mortes provocadas pelas ondas de calor são mais frequentes na Europa”, diz.

Bahia explica que o aviso é emitido quando as temperaturas registradas superam em cinco graus a temperatura média em determinada área. “De dois a três dias, o alerta é amarelo. O laranja é quando a condição de temperatura acima da média varia de três a cinco dias. Acima de cinco dias, como agora, o alerta passa a ser vermelho”.

Segundo o Inmet, as regiões que registrarão 5ºC acima da média, por mais de cinco dias consecutivos,

Na última quarta-feira (30), Jundiaí atingiu os 40ºC, a mais alta temperatura registrada na cidade desde o início das medições, em 1993, pelo CIIAGRO. E não parou por aí, na semana passada a cidade registrou as três maiores temperaturas da série histórica em três dias consecutivas: 40ºC, 39,8ºC e 38,9ºC.

Em caso de emergência, o Inmet recomenda que a população contate a Defesa Civil (telefone 199). Também deve ser aumentada ingestão de líquidos, evitar a prática de atividades físicas ao ar livre entre as 10h e 17h e usar protetor solar.

Quando a onda de calor vai terminar?

É a partir do dia 11 de outubro que se espera mudanças na circulação dos ventos sobre a América do Sul quebrando bloqueio que tem impedido a chegada de frentes frias ao interior do Brasil.

O mês de outubro segue quente, mas a partir do dia 11 ou 12 de outubro teremos o calor normal para esta época e não temperaturas extremas e em amplas áreas do país, como vem sendo observado desde o fim de setembro.

Além disso, há expectativa de pancadas de chuva durante a segunda quinzena de outubro de 2020 que vão ajudam a evitar o aquecimento extremo do ar, conforme informações do Climatempo.

Com informações do G1.