Panahgah: Projeto Humanitário de Jundiaí ajuda afegãos em situação de perigo
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Jundiaí

Panahgah: Projeto Humanitário de Jundiaí ajuda afegãos em situação de perigo

Conheça o trabalho da ONG que ajuda afegãos que estão em perigo em seu país

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(Foto: Arquivo Pessoal/Panagah)

A Panahgah, que foi criada pela Sophia Nobre, estudante de direito, ajuda na luta contra o tráfico humano. A ideia de criar um ONG surgiu depois de Sophia estudar essa matéria na faculdade, na mesma época o Talibã tomou o poder no Afeganistão, em setembro de 2021, tornando a vida lá um pouco mais difícil.

Dessa forma, a Panahgah é uma organização não-governamental brasileira com a missão de oferecer a chance de uma nova vida para pessoas vulneráveis, perseguidos e apátridas, o significado dessa palavra em persa é “refúgio”.

Ensinando portugues aos afegãos
Foto: Arquivo Pessoal/ Panahgah

A ONG está ativa desde agosto de 2021 e tem ajudado acomodar famílias afegãs em diferentes cidades com a ajuda das igrejas locais, da população e do governo brasileiro. A sede da ONG fica em Jundiaí, mas a Panahgah conta com diversos parceiros e afiliados em vários estados e cidades do Brasil.

“A Panahgah tem diversos voluntários que ajudam a preparar os refugiados para ter uma nova vida no Brasil. Com informações e apoio para conseguir emprego, habitação, documentação legal, aulas de português, revalidação de documentos, escola e faculdade, atendimento psicológico e reabilitação pós-trauma, além de outros serviços de apoio necessários”, conta Sophia.

Como acolher as famílias?

A panahgah é responsável por dar apoio e acolhimento as famílias que precisam de ajuda e estão em perigo, mas não se responsabiliza pela ajuda financeira para essas virem até Brasil.

Ao chegarem em solo brasileiro, são recebidos pela ONG e encaminhados para uma Unidade em Jundiaí para receber atendimento de saúde e os primeiros contatos com a língua brasileira, passando assim por uma espécie de quarentena, mas não em relação a covid19, mas sim a outras doenças que não foram erradicadas no Afeganistão, mas já foram no Brasil, além de ser de adaptação para eles.

Sophia conta que é o primeiro contato com as famílias é difícil, já que nem todos aceitam a situação em que estão tendo de passar. “É um processo complicado, já que lá no Afeganistão ele tinham toda um estrutura, escola, família, faculdade, trabalho e por causa de uma perseguição política viram tudo isso acabar e terem que começar do zero, literalmente, sem nem ter onde morar”.

Por isso é necessário ter profissionais e voluntários dispostos a ajudar, porque chegam sem saber falar, se comunicar e precisam de ajuda com o básico.

Em Jundiaí

Jundiaí é o primeiro lugar que os afegãos, ajudados pela Panahgah, tem sua moradia temporária. Mas como isso funciona? A Panahgah, como ONG responsável, sabe que não pode abrigar e dar assistência para todos na cidade, isso mudaria drasticamente o número da população atendida por diversos serviços públicos.

Entretanto, é em Jundiaí que acontece a quarentena, primeiro contato e o acolhimento dos afegãos recém chegados no Brasil. Todos esses afegãos já vem com esse intuito, já tinham procurado a Panahgah e já são ajudados desde antes de sua vinda.

Ao chegarem em solo jundiaiense, eles são levados para um hotel e passam pela quarentena, de até 20 dias. Que em parceria com a Prefeitura de Jundiaí prestam todo e qualquer tipo de assistência médica, principalmente ao aplicar vacinas que aqui já foram erradicadas, de educação e alimentação.

Bebê afegão que nasceu no Brasil
Foto: Arquivo Pessoal/ Panahgah

No final desses 20 dias, as famílias afegãs são encaminhadas para outras cidades do brasil com apoio de parceiros que ficam responsáveis por cada uma delas. Mas como assim responsáveis? Eles prestam qualquer tipo de suporte, desde ensinar a ir a padaria até a ajudar e ensinar a língua portuguesa, que eles não entendem nada, a colocar as crianças nas escolas, a ensinar a língua para os adultos, prestar assistência médica e psicológica. Além de ajudar a tirar todos os documentos possíveis do Brasil, esse processo já tem inicio em Jundiaí, mas pode demorar.

 
 
 
 
 
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Esses parceiros e a Panahgah conseguem dar uma esperança para da cada família que recebem, de estarem seguros e poderem recomeçar suas vidas com direitos e deveres assegurados, essa é a maior esperança de todos que chegam ao Brasil.

Como podemos ajudar?

A panahgah é uma ONG sem fins lucrativos, dessa maneira precisa de doação de roupas de adultos, crianças e bebês, alimentos e de produtos de higiene. Além de que, de voluntários, que estejam dispostos a fazer esse lindo trabalho, de ajudar as crianças e adultos a entender melhor a sua nova vida no Brasil, com muito carinho, amor e atenção.

Já para as entidades que queiram ajudar ou até mesmo grupos de pessoas, basta entrar em contato com o instagram da panahgah @panahgah.ong

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