O programa municipal “Passaporte Cultural – Guardiões do Patrimônio” concorre na etapa nacional do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Das 515 iniciativas inscritas, apenas 121 passaram pelas etapas estaduais e agora aguardam o resultado final, que irá contemplar as 12 melhores iniciativas.
Assim, o programa jundiaiense, que existe desde 2018, é um dos cinco paulistas que avançaram, e o único vinculado a uma Prefeitura. O resultado será divulgado em 18 de dezembro, em reunião virtual.
O “Passaporte Cultural” concorre na Categoria 1 – Iniciativas de excelência no campo do Patrimônio Cultural Material. Com isso, cada um dos 12 vencedores do prêmio recebe um prêmio no valor de R$ 20 mil. A recompensa é pelo reconhecimento por sua importância na preservação, valorização e promoção do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Experiência
A gestora da Unidade de Gestão de Educação, Vastí Ferrari Marques, explica que o programa é uma realização da Prefeitura. O órgão trabalha por meio da Plataforma de Educação e Cultura, e faz parte do eixo de investimentos na aprendizagem do programa Escola Inovadora.
“O ‘Passaporte Cultural’ trouxe para as crianças a possibilidade de conhecer com suas famílias os espaços culturais da cidade, atingindo eixos importantes de trabalho, como sua relação com os patrimônios, com a preservação e com o estudo da História da sua cidade e do se país. Sem contar que o programa trouxe ainda uma nova oportunidade também para os educadores, sob a ótica da responsabilidade em dar continuidade à preservação e à História”.
Para o gestor da Unidade de Gestão de Cultura, Marcelo Peroni, o programa promove a transformação por meio da experiência.
“A proposta do programa é que, tendo conhecido os locais do passaporte, tanto as crianças quanto seus educadores e acompanhantes entendam o seu papel na preservação patrimonial. Portanto, não se trata de uma simples visita, mas de uma experiência, que transforma por meio do pertencimento, da memória e do entendimento da importância das novas gerações na manutenção e salvaguarda do passado de nossa sociedade. E ter chegado a este patamar inédito de indicação ao importante prêmio do Iphan demonstra a efetividade da proposta”.
‘Motivo de orgulho’
De acordo com o diretor do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da UGC, William Paixão, a indicação premia as boas práticas do Município na preservação patrimonial.
“Acredito que uma indicação como essa premia todo um trabalho realizado nos últimos quatro anos. Estar entre os cinco melhores projetos que representam o Estado na fase nacional, sendo a única Prefeitura entre eles, só comprova a tese de que Jundiaí tem avançado muito nas políticas públicas de preservação do nosso patrimônio cultural, sendo motivo de orgulho para cidade, e também para o nosso Estado.”
O programa
A iniciativa consiste na entrega do passaporte às crianças durante visita monitorada ao Complexo Fepasa. No local, elas são guiadas por um ator caracterizado como chefe de estação ferroviária, conhecem e garantem os carimbos do Museu da Cia. Paulista, da Unidade de Gestão de Cultura, além do Poupatempo e da Fatec.
Após a visita, os pais ou responsáveis devem acompanhar os filhos à Ponte Torta; Biblioteca Municipal; Pinacoteca Diógenes Duarte Paes; Câmara Municipal; Teatro Polytheama; Gabinete de Leitura Ruy Barbosa; Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão; e à Catedral Nossa Senhora do Desterro.
Dessa forma, os demais carimbos serão obtidos. Com o passaporte completo, os alunos devem regressar ao Complexo Fepasa e, assim, obter o carimbo final no Departamento de Patrimônio Histórico. Com isso, lhes garantirá um certificado e um botton de “Guardiões do Patrimônio”.
O programa é voltado às crianças do G4 (quatro anos) e G5 (cinco anos) da Educação Infantil II da rede municipal de ensino da Prefeitura. No entanto, o programa encontra-se suspenso desde o início da pandemia.