
A rede de cafeterias Casa do Pão de Queijo entrou com pedido de recuperação judicial na sexta-feira (28), com dívidas que somam R$ 57,5 milhões. A empresa, fundada em 1967, é conhecida por seus pães de queijo e lojas em aeroportos por todo o Brasil.
O pedido inclui a fábrica e as 28 lojas próprias da rede, mas não as franquias. De acordo com o pedido de recuperação judicial da Casa do Pão de Queijo, a pandemia de COVID-19, que resultou no fechamento de lojas a partir de março de 2020, foi o principal fator para a crise financeira.
Pandemia, dívidas e enchentes impactaram os serviços da Casa do Pão de Queijo
No auge, em 2008, a rede chegou a ter mil pontos de venda. Segundo o pedido, a empresa sofreu perdas de 97% do faturamento nos três primeiros meses da pandemia e encerrou o ano com uma redução de 50%.
Além da pandemia, outros fatores também contribuíram para a crise, como:
- Interrupção da fábrica em Itupeva (SP): A indústria que fornece matéria-prima para as lojas teve suas atividades suspensas em alguns momentos, impactando a produtividade.
- Enchentes no Rio Grande do Sul: O alagamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, afetou quatro unidades da rede, consideradas rentáveis e que geravam um fluxo de caixa significativo. O impacto financeiro estimado é de R$ 1 milhão e resultou na demissão de 55 funcionários.
Apesar dos desafios, a Casa do Pão de Queijo busca se reerguer através da recuperação judicial. A empresa espera negociar seus débitos e manter as operações funcionando. A fábrica, as lojas próprias e as franquias continuarão operando durante o processo.

Fundada em 1967, a Casa do Pão de Queijo se destaca como pioneira na venda de pão de queijo. A primeira loja foi aberta no centro de São Paulo, seguida da construção da primeira fábrica na zona oeste da capital paulista em 1983. A partir da década de 1980, a empresa adotou o modelo de franquias, expandindo sua presença nacional.
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