Entre as diversas frentes da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), a consolidação da programação cultural nos diversos equipamentos marcou o ano de 2022. A grande adesão por parte do público jundiaiense fez a diferença, tanto nas novas ações, como o Espaço Expressa, quanto nos eventos já consagrados, como as atividades na Cidade das Crianças. Destas últimas, mais de 19 mil crianças e adolescentes participaram de mais de 200 atividades temáticas.

O Complexo Fepasa passou a se chamar Espaço Expressa. O novo nome está vinculado à sua vocação e a seu foco de ocupação nos eixos: Cultura, Crianças, Comida, Cidade e Cidadania e Convivência. Em 2022, o espaço recebeu três festivais temáticos, e teve a reabertura do Museu Ferroviário. Ao longo do ano, as atividades culturais no local contaram com público de mais de 35 mil pessoas.

“Ao encontro do que temos aprovado junto aos órgãos de preservação patrimonial como Plano Diretor do Expressa, a ocupação das pessoas para a participação de atividades culturais é o que planejamos para o espaço”, comentou o gestor de Cultura, Marcelo Peroni. “Privilegiando a presença das pessoas na área central, sem o estacionamento e circulação de veículos, queremos que ela vire uma grande Área Parque, atrativa para quem quiser andar de bicicleta e patins, sentar-se num dos bancos para ler um livro ou ainda ensaiar ao ar livre e produzir conteúdos para redes sociais, para citar somente algumas das inúmeras possibilidades”, destaca.

Festivais de cultura

Em 2022, primeiro ano com ações presenciais desde a pandemia, mais de 400 mil pessoas participaram das atividades. A gestão também retomou programações de seus festivais, como Encontro de Corais de Jundiaí; Enredança; Festa Literária de Jundiaí; Festejos Juninos; Festival de Teatro de Jundiaí (Festeju); Festival de Curtas-Metragens;Mês do Patrimônio Histórico; e Cultural e Semana da Consciência Negra.

A Cultura de Jundiaí ainda estreou o Festival de Música, com atrações nos equipamentos culturais e pontos descentralizados. Além das apresentações gratuitas, cada programação trouxe oficinas e workshops formativos. Houve até mesmo exposições, como a que homenageou a bailarina jundiaiense, Glória Rocha, no Solar.

Enquanto isso, na Fábrica das Infâncias Japy recebeu em seu primeiro ano de abertura mais de 32 mil visitantes. Além disso, o local sediou atividades intersetoriais da Cultura, como por exemplo, as visitas e atrações dos assistidos do programa Criança Feliz e das propostas do BrincAR LIVRE.

“A população já absorveu que todos os finais de semana, seja aos sábados, seja aos domingos, às 10h30 estão sempre previstas atrações culturais gratuitas na Fábrica. E as famílias muitas vezes vêm, mesmo sem saber qual é o espetáculo previsto, mas porque já se acostumaram ao calendário e já reconhecem aquele como um espaço voltado às possibilidades de brincadeiras e experimentações das infâncias”, acrescentou Peroni.

Neste ano, a Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot também passou a integrar a UGC e, além das atividades de fomento à leitura, recebeu atrações culturais aos sábados e realizou intervenções artísticas em sua unidade na Pracinha da Cultura do Vista Alegre (antigo Ceu das Artes). A descentralização das atividades envolveu, ainda, o Cultura nos Bairros, com programação gratuita em diversos complexos esportivos.

A Pracinha da Cultura também ganhou um programa de oficinas culturais de diversas linguagens artísticas, como por exemplo, desde Teatro e Ballet, até Muay Thai e Jiu-Jítsu. Somente no segundo semestre, as oficinas do programa tiveram mais de 400 alunos.

Já no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão foi ampliada a área expositiva, com novas salas também no piso inferior, ao redor dos jardins, realizou diversos painéis e palestras temáticas. O espaço recebeu, até antes do início da programação do Circuito Natal Luz, mais de 145 mil visitantes, entre visitas às exposições e aos jardins, e em apresentações musicais intimistas da Sexta no Museu, em paralelo à Sexta no Centro, retomada este ano na Praça do Coreto.

Apresentações

No Teatro Polytheama, as atrações – cerca de 200 -, propostas pela Prefeitura e de particulares também foram sucesso de bilheteria, totalizando-se quase 95 mil pessoas. O palco do teatro recebeu as apresentações dos corpos artísticos municipais, as apresentações do Vitrine da Dança com as academias da cidade e as edições mensais do Música & Histórias.

Entre os corpos artísticos, que realizaram cerca de 50 apresentações, também houve novidades. A Orquestra Municipal passou a ser sinfônica com a chegada dos instrumentos para além da família das cordas e ganhou um núcleo de jovens músicos bolsistas. Já o Coral Infantojuvenil Cidade das Crianças iniciou um projeto de musicalização infantil (pré-coral) em núcleos da Fábrica das Infâncias Japy e no Retiro. Já a Cia. Jovem de Dança recebe ainda o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) por série de vídeos feitos em patrimônios da cidade.

Este ano, o calendário de exposições inéditas na cidade também ganhou novos espaços. Além do Museu, da Pinacoteca Municipal Diógenes Duarte Paes e da Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani – que seguiram seus cronogramas mensais de chamamentos a partir de editais ou por convites, a biblioteca também passou a contar com novos espaços expositivos, como a Galeria Jundiaí, além de seu Espaço Sônia Cintra. Para essas exposições, o público foi de mais de 25 mil, dos quais 11 mil só na Pinacoteca.

Cadastro

Com foco no fomento do trabalho de artistas e demais profissionais de Cultura e Economia Criativa da cidade, a Cultura lançou, em parceria com a Companhia de Informática de Jundiaí (CIJUN), o novo Cadastro de Artistas, ferramenta utilizada pela Unidade para a realização de contratações. Os artistas também puderam contar, ao longo do ano, com as transmissões semanais da “Live: Espaço Cultura”, como espaço de diálogo com a gestão e para sanar dúvidas e para as apresentações de obras contempladas em editais da Lei Aldir Blanc.