O auditório da Biblioteca Pública Municipal Professor Nelson Foot (BNF) ficou lotado na noite de segunda-feira (21), quando da realização do “Sarau Lítero-Musical”, marcando assim, a abertura oficial do Projeto ZumbiTeca, que esse ano alcança seu sexto ano, uma ação desencadeada pela Unidade de Gestão de Cultura (UGC), integrada a programação oficial da Prefeitura de Jundiaí, “Novembro Negro”.
Para o gestor de Cultura, Marcelo Peroni, a edição 2022 da ZumbiTeca consolida um projeto que nasceu da vontade de dois servidores da BNF, Tania Henrique e Everton Souza, que desejavam uma maior participação da comunidade negra no espaço Biblioteca.
“Esse ano a ação alcança agora múltiplas possibilidades dentro do afro urbano, despertando nos cidadãos afrodescendentes de Jundiaí o empoderamento de seus direitos e de pertencimento dos espaços públicos da cidade”, comentou o gestor.
ZumbiTeca
A ZumbiTeca – continuou Peroni – ressignificou seu papel trazendo um novo olhar para os seus conteúdos e ações produzidas. “Desde que a UGC assumiu a administração da Biblioteca em janeiro de 2022, o Projeto ZumbiTeca vem sendo desenvolvido durante todo ano, com ações diversas sobre a temática negra e não apenas em novembro, quando da comemoração do Dia da Consciência Negra. Novembro tem que ser o ponto alto da programação e é isso que estamos realizando”, concluiu.
Para a abertura da ZumbiTeca, foram programadas apresentações de dança, com o bailarino, coreógrafo e estudioso do Hip Hop, Michel Trindade, o Tchê. E a dança do ventre com a influência da música negra e indígena, apresentada por Melissa Souza. Canto coral, com peças de compositores negros e canções africanas, apresentadas pelo Coral Afro Griot – Canto de um povo, que fez o público cantar junto, sucessos de Sandra de Sá, Milton Nascimento, entre outros. Teve ainda a participação dos integrantes do grupo de Capoeira Brasil.
Mulher negra resistência negra e ancestralidade
A poeta, escritora e comunicadora Mel Duarte, com sua voz poderosa apresentou três dos seus poemas, onde a temática da mulher negra, da resistência negra e da ancestralidade de um povo trouxeram para a noite da abertura da ZumbiTeca a importância de ações que promovam o amplo debate sobre o tema, algo que se desenvolve na cidade.
A noite ainda contou com apresentação do músico instrumentista, Big Chico. O “mestre das gaitas”, contou um pouco da sua história de vida, da sua luta e da carreira que ganhou os palcos não só do Brasil, mas também do exterior. Para encerrar sua participação, brindou o público com dois sucessos “ What a wonderful word”, canção imortalizada por Louis Armstrong e “Azul da Cor do Mar”, de Tim Maia.
“A História do Samba & Sambavivências” encerrou as apresentações no palco do auditório da BNF. A ex-rainha de Carnaval de Jundiaí, Jéssica Tamires de Almeida, mostrou o samba no pé. Enquanto isso, o cofundador da Afrovet Augusto Renan Rocha Severo dos Santos, apresentou um apanhado da evolução do samba.
Exposição
A segunda parte do programa foi a abertura da exposição “Urbanidade Negra”. Teve a curadoria do professor dr. Clayton Messias, especialista na cultura Hip Hop e cenografia assinada por Wilson Aguiar.
A exposição reúne de maneira artística o protagonismo da Cultura Negra nas cidades, por meio das manifestações musicais, moda, religião, arte e também nos costumes.
“Urbanidade Negra” busca evidenciar a cultura Afro-brasileira em suas diversas vertentes artísticas. Além disso, ilustra e reforça a presença da identidade negra na composição cultural do brasileiro. Por isso, incluir na noite de abertura a gastronomia, com a participação de Mona e Dandara, com a intervenção cultural “ Baiana vendedora de acarajés”, brinda o público na saída da exposição com deliciosos acarajés.
O público poderá visitar a exposição gratuitamente até janeiro, sempre de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h e aos sábados das 9h às 13h. A Biblioteca está localizada dentro do Complexo Argos – avenida Dr. Cavalcanti, 396 – Vila Arens.
Programação
O projeto ZumbiTeca ainda reúne ações como Rodas de Conversa. A primeira aconteceu na tarde de segunda-feira (21), com a participação do professor Clayton Messias. Além disso, da poeta e slamer, Mel Duarte e o músico saxofonista Dô de Carvalho. O tema “Poesia para resistir: uma introdução ao Poetry Slam”, propôs responder questões sobre a poesia Slam e o formato deste tipo de evento poético. Como e onde nasceu este conceito, por que existem regras e qual o objetivo de haver pontuação atribuída pelo público. Como escrever de forma livre e desbloquear o canal entre a mente e o papel.
Mais ações estão programadas para acontecerem nos espaços da biblioteca, acompanhe:
Dia 22 (terça-feira)
19h30 – “Roda de Conversa: História, uso e simbologia do turbante” – Com as alunas do curso de Moda do Senac Jundiaí, Fabiana Camargo e Flavia dos Santos Ferreira, sob a orientação das professoras Marina Carmelo e Rosana Tsurusawa. A proposta é resgatar as raízes do turbante como objeto de resistência, empoderamento e pertencimento.
20h30 – “Desfile de Turbantes” – ação organizada pelos alunos do curso de Moda do Senac Jundiaí. Com a utilização de estamparia com símbolos africanos, os alunos apresentam um desfile de turbantes.
Dia 23 (quarta-feira)
18h30 – “Abertura da Exposição do Coletivo Recicla Aí” – Formado por quatro artistas negros jundiaienses: Adão Fernando, Alan Silva, Gustavo Lacerda e Joel Oliveira, que criam suas obras com materiais encontrados na natureza, que depois de reciclados, transformam-se em obras de arte, além de contribuírem diretamente com a preservação do meio ambiente. A mostra poderá ser visitada pelo público até o dia 30.
19h – “Roda de Conversa: As raízes da Cultura Afro-brasileira na Arte Urbana” – Com mediação do professor Clayton Messias bate papo sobre a arte de rua como um canal de comunicação e disseminação da Cultura Afro-brasileira.
Dia 25 (sexta-feira)
19h – “Bate-papo Literário: Afrodescendência na Literatura Brasileira” – O autor Plínio Camilo comanda um bate-papo com o objetivo de refletir sobre as origens negras na Literatura Brasileira e como ela é reconhecida na contemporaneidade.
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Último concerto ocorreu em 2022 (Foto: Prefeitura de Jundiaí)
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