O Ministério de Minas e Energia (MME) estuda, em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a reintrodução do Horário de Verão em algumas regiões do Brasil a partir de 2025. A medida, encerrada em 2019, voltou ao debate diante do alerta do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre o aumento da demanda por energia e risco de sobrecarga no sistema.
Caso seja confirmado, o novo período do Horário de Verão teria início em 1º de novembro de 2025 e seguiria até 15 de fevereiro de 2026.
Por que o tema voltou ao debate
No ano passado, o governo chegou a analisar a retomada da medida para enfrentar os impactos climáticos no setor elétrico, mas descartou a implementação imediata por dificuldades técnicas. Agora, diante da pressão de entidades do setor e do novo alerta do ONS, cresce a expectativa de que a decisão seja tomada ainda este ano.
Técnicos do MME estão elaborando relatórios para subsidiar a decisão. Além do consumo de energia, o governo também considera variáveis climáticas, como o volume de chuvas — que influencia a geração hidrelétrica — e o crescimento das fontes renováveis, como solar e eólica.
Benefícios energéticos
De acordo com o Plano de Operação Energética (PEN) 2025, o Horário de Verão poderia:
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- Reduzir a necessidade de acionamento de termelétricas, mais caras e poluentes;
- Preservar os níveis dos reservatórios das hidrelétricas;
- Diminuir a sobrecarga nos horários de pico, especialmente entre 18h e 21h, quando há maior consumo residencial e queda na geração solar.
Reflexos na economia e na vida urbana
Além do setor energético, os impactos também atingem o cotidiano das cidades e a economia. Mais luz natural no fim da tarde favorece a circulação de pessoas, aumenta a sensação de segurança e incentiva atividades de lazer ao ar livre.
Para bares, restaurantes e cafeterias, o horário estendido representa maior movimento de clientes, incremento no faturamento e fortalecimento do setor de alimentação fora do lar — importante gerador de empregos no país.
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