
A segunda edição do ranking “Nomes no Brasil”, divulgada pelo IBGE com base nos dados do Censo Demográfico 2022, confirmou que Maria e José seguem imbatíveis como os nomes mais comuns do país. Assim como em 2016, quando foi lançada a primeira edição do levantamento, os dois permanecem no topo das listas feminina e masculina.
O estudo, que agora abrange todo o território nacional, revela tendências regionais, preferências por faixa etária e até as mudanças culturais que influenciam a escolha de nomes em cada década.
Os nomes femininos mais frequentes no Brasil
Com 12,2 milhões de registros, o nome Maria representa 6,02% da população feminina e continua sendo o mais popular entre as brasileiras. Em seguida aparecem:
- Maria – 6,02% (12.224.470 pessoas)
- Ana – 1,94% (3.929.951)
- Francisca – 0,33% (661.582)
- Júlia – 0,32% (646.239)
- Antônia – 0,27% (552.961)
- Juliana – 0,26% (536.687)
- Adriana – 0,26% (533.801)
- Fernanda – 0,26% (520.705)
- Márcia – 0,26% (520.013)
- Patrícia – 0,25% (499.140)
O ranking também evidencia a popularidade de nomes contemporâneos como Amanda, Alice, Letícia, Aline, Laura e Bruna, todos com cerca de meio milhão de registros. Entre as posições 31 e 60, surgem nomes que marcaram gerações, como Cláudia, Renata, Simone, Eliane, Carla, Fabiana, Lorena e Rosa, refletindo influências culturais e de época.
Os nomes masculinos mais comuns no país
No topo da lista masculina, José mantém a liderança com 5,14 milhões de registros, o que representa 2,53% dos homens brasileiros. O top 10 é formado por nomes tradicionais e de origem bíblica:
- José – 2,53% (5.141.822 pessoas)
- João – 1,68% (3.410.873)
- Antônio – 1,10% (2.231.019)
- Francisco – 0,82% (1.659.196)
- Pedro – 0,79% (1.613.671)
- Carlos – 0,72% (1.468.116)
- Lucas – 0,66% (1.332.182)
- Luiz – 0,66% (1.328.252)
- Paulo – 0,66% (1.326.222)
- Gabriel – 0,59% (1.201.030)
Entre os nomes que ganharam força nas últimas décadas estão Davi, Rafael, Miguel, Matheus, Arthur e Leonardo, todos com mais de meio milhão de registros. Já nas posições entre 31 e 60 aparecem nomes populares das décadas de 1980 e 1990, como Raimundo, Vítor, Ricardo, Alexandre, Jorge, Diego, Sérgio, Adriano, Henrique e Caio.
O que os nomes revelam sobre a cultura brasileira?
O levantamento destaca a forte influência da religiosidade e da tradição familiar na escolha dos nomes no Brasil. A predominância de Maria, José, João, Antônio, Francisca e Pedro reflete raízes cristãs e católicas que atravessam gerações.
Ao mesmo tempo, o crescimento de nomes curtos e modernos, como Lara, Sofia, Miguel e Davi, aponta para novas tendências culturais e um comportamento mais contemporâneo entre os pais brasileiros.
Um retrato da diversidade do país
Mais do que uma simples lista, o ranking “Nomes no Brasil” funciona como um espelho da história, da fé e da identidade cultural do povo brasileiro — mostrando como tradição e modernidade continuam caminhando lado a lado.