Coronel Gimenez apresentando mapa em telão
Coronel Gimenez atua na Defesa Civil de Jundiaí desde 2017 (Foto: Reprodução/Prefeitura de Jundiaí)

Com o período de chuva e a frente fria que chegou a Jundiaí, o Tribuna de Jundiaí conversou com o coordenador da Defesa Civil, Coronel João Osório Gimenez Germano, que atua há mais de 30 anos na área.

O Coronel explica que a partir do dia 1º de dezembro até 31 de março, no verão é comum pancadas de chuva, seguida de ventania, raios e granizo em algumas regiões.

Até o dia 15 deste mês, o índice pluviômetro do município registrou 201 milímetros de água.

Leia a entrevista completa a seguir:

Tribuna de Jundiaí: Qual a média de chuva nos últimos dias em Jundiaí?

Coronel Gimenez: Até o dia 15 de janeiro, a cidade registrou 201 milímetros de água. No entanto, um estudo realizado nos últimos oito anos mostra que a média histórica da cidade é de 448 milímetros. Janeiro é o mês que mais chove!

TJ: Como a Defesa Civil atua em casos de emergência na cidade?

CG: Então, fazemos o planejamento do ano inteiro, em conjunto com todos órgãos da Prefeitura, realizando trabalhos preventivo, como desassoreamento, conscientização sobre o descarte irregular de materiais e manutenção.

TJ: Como saber se a cidade está em alerta? Quais canais de contato com a população?

CG: O segredo é estar bem informado e, para isso, a Defesa Civil tem um serviço de SMS para receber as notícias meteorológicas. Para ativar o serviço, basta enviar uma mensagem de texto para o número 40199, com o CEP do bairro. É um dos meios mais eficientes que funciona sem internet e energia, só precisa do aparelho celular.

TJ: Quais medidas de segurança devem ser tomadas para evitar acidentes em dias de chuva?

CG: É importante que a população se atente com o descarte irregular do lixo e armazenamento para evitar que bueiros fiquem entupidos impedido a vazão da água e uma possível enchente. Além disso, é necessário observar se a calha está entupida; se tiver árvores, checar a saúde delas; observar se as paredes apresentam rachaduras, pois em regiões de encostas o solo pode ficar encharcado e causar um deslizamento. Além disso, é importante alertar as pessoas que o grande vilão do momento é o Aedes aegypti, por isso, o morador deve eliminar todos os criadouros e ficar atento com as possibilidades.

TJ: Existe lugar seguro para ficar durante uma tempestade?

CG: O ideal é se abrigar e não ficar exposto porque o raio procura o espaço mais curto entre nuvem e solo, evitar piscinas, praias e campos. Dentro do carro é o lugar mais seguro, mas longe de árvores e postes. No entanto, nem sempre é possível ficar dentro de um carro, então é importante retirar todos aparelhos eletrônicos da tomada.

TJ: Desde o início do ano, Jundiaí registrou quase 200 raios. É verdade ou mito que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar?

CG: O raio cai duas, três, quatro, cinco vezes no mesmo lugar. Por isso, é importante evitar locais expostos em dias de chuva, como praia, campo, piscina e, principalmente árvores, que podem estar energizadas, aliás, não conseguimos enxergar a energia.

TJ: Em casos de alagamentos quais cuidados a população deve tomar?

CG: Evitar o contato com a água, que provavelmente estará contaminada, não passar por vias alagadas porque você pode cair dentro de um bueiro, ficar preso e provocar um acidente. Lembrando que em casos de emergência, acione a Defesa Civil.

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