Ambos são ciclistas, têm verdadeira paixão pela bicicleta e estão focados em elevar o esporte e garantir que o legado do ciclismo continue por muitos anos. De diferente, apenas, as gerações a que eles pertencem: um está prestes a completar 80 anos (62 deles dedicados exclusivamente à modalidade) e o outro tem 31 anos, começou a pedalar competitivamente há pouco tempo, mas já é destaque nas duas rodas. No Dia do Ciclista, o Tribuna de Jundiaí conta mais essa história para você!

Michael Henrique, o Maicuts, é ciclista de Itupeva e está há quatro anos disputando provas de Mountain Bike e Speed. Desde que trocou o skate pela bike, já acumula aproximadamente 50 conquistas.

“A mudança para o ciclismo foi por indicações de amigos que estavam andando e gostei demais do esporte. Ainda ando de skate, mas só por lazer mesmo, para não perder o costume”, disse.

Ele representou Itupeva nos Jogos Regionais de 2019, que para ele foi uma grande experiência. “Representar a sua cidade é uma experiência muito legal, principalmente por estar andando com os atletas de alto nível. Isso me inspirou mais ainda na prática do ciclismo, além de ajudar a elevar o nome de Itupeva. Uma emoção muito forte que vou levar sempre comigo”, comentou Michael.

Bicicletas pesadas e dores

O início em qualquer esporte nem sempre é fácil, os tempos mudam e cada atleta constrói a própria história. Com o jundiaiense Israel Bernardi, as vitórias e conquistas sempre fizeram parte da carreira, iniciada em 1959 – quando ele tinha 17 anos. Ele é o atleta com o maior número de conquistas da história de Jundiaí: são mais de 800 prêmios e homenagens recebidas!

“Sempre tive muito apoio da família. Apesar de ter batalhado muito, o ciclismo me deu muitas oportunidades e é minha profissão, nunca faltou nada em casa, embora algumas situações fossem inevitáveis”, afirmou.

Naquele tempo, os equipamentos utilizados eram muito diferentes e isso trazia transtornos aos ciclistas. “As bicicletas antigas eram pesadas, davam dores no corpo. Fora os locais despreparados que andávamos ou competíamos. Em algumas vezes, tínhamos problemas com os guardas, por estarmos andando em local não seguro, mas logo isso foi passando”, lembrou. “Hoje em dia elas têm uma aerodinâmica muito maior, são ajustáveis às características físicas, além de a cidade contar com mais ciclovias e parques para a prática”.

Para Maicuts, o início de carreira foi bem diferente “Tive dificuldade no início com os treinamentos, para me adaptar aos equipamentos e também controlar meu peso de forma que isso me ajudasse no rendimento e nas competições. Com a ajuda de profissionais e a dedicação, consegui vencer essas batalhas”, disse o atleta.

Humilde, Israel afirmou que sempre foi uma pessoa de sorte. “Nunca sofri acidente algum, também. Fui muito sortudo por todas as diferentes gestões da Prefeitura sempre me apoiarem. Guardo um carinho muito grande pelo município, por isso levei muitos prêmios espalhados em instituições da cidade, inclusive na Duratex, onde também trabalhei”, disse.

Ele fez questão de agradecer, também, todo o apoio que a gestão de Esportes do município sempre deu à modalidade – seja na escolinha para iniciação de atletas como também nas equipes de competição.

Planos

Daqui para frente, Maicuts almeja alavancar a carreira no esporte e na fotografia, sua primeira profissão. “Estou criando um site para fazer imagens dos atletas e também dos amantes de ciclismo. Também quero participar de mais campeonatos e aproveitei a pandemia para reforçar os treinamentos já pensando nos futuros campeonatos.”

Já Israel, desde 2010 está na coordenação da equipe de ciclismo de Jundiaí e mesmo já com tantos títulos e conquistas, não pensa em parar. “Sou completamente saudável e a bicicleta significa tudo para mim. Não pretendo parar por enquanto já que, graças a ela, conquistei muitas coisas”.

A bicicleta pode ser apenas mais um hobby para alguns, mas para Maicuts ela tem um significado gigante. “É algo fantástico, porque mudou completamente a minha vida! Não me vejo mais sem a possibilidade de pedalar, de curtir a natureza enquanto ouço uma música, acordar cedo para fazer meus treinos” disse.

Além disso, o esporte combina com a personalidade do atleta, que vê o momento de treino com felicidade. “É um estilo de vida que se encaixou perfeitamente na minha filosofia e recomendo para todos que desejam quebrar a rotina do dia a dia, amenizar o estresse e buscar uma qualidade de vida melhor”.