Na última segunda-feira (15), uma jiboia de 2 metros de comprimento foi resgata pelo Corpo de Bombeiros circulando na área urbana de Sorriso, cidade do norte de Mato Grosso. Após ser resgatada, ela foi encaminhada para uma área de mata, onde foi devolvida ao habitat natural.
A serpente que é considerada a segunda maior do país, atrás apenas da sucuri, também é encontrada nas áreas de mata da região de Jundiaí. O Tribuna de Jundiaí conversou com o biólogo da Associação Mata Ciliar, Rodrigo Falcão Ventura, para saber quais são as serpentes características da nossa região. (Leia abaixo)
A ONG, que possui o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) em Jundiaí, informa que em 2020 recebeu 75 serpentes, das quais 26 foram resgatadas na própria cidade.
No caso da jiboia resgatada na cidade do Mato Grosso, o biólogo da Mata Ciliar informa que os moradores que passaram pelo local onde o animal estava circulando fizeram o procedimento correto em acionar o Corpo de Bombeiros para fazer o resgate seguro. Neste caso, o animal foi devolvido ao habitat natural sem ferimentos.
Ventura explica que as serpentes costumam ser muito temidas devido as histórias populares de que elas são perigosas por atacarem as pessoas, porém cobras só atacam quando se sentem ameaçadas. A maior parte das serpentes que chegam à Mata Ciliar estão feridas por causa de atropelamentos e por agressões físicas por humanos.
“Quando encontrar uma cobra, o ideal é deixá-la onde está e entrar em contato com os órgãos públicos competentes para retirar de forma segura”, informa.
Os órgãos competentes que possuem equipamentos e treinamentos para manusear esses animais, são:
GM Ambiental: 153 / 4492-9068
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Corpo de Bombeiros: 193 / 4522-2220
Zoonoses: 4521-0660
Defesa Civil: 199 / 4586-0666
Espécies típicas da região
As cobras mais comuns encontradas na região de Jundiaí são as populares corredeiras, dormideiras, cobras verdes, cobras d’água, falsa coral e coral verdadeira, e as víboras cascavel e jararaca. Lembrando que estes são os nomes populares porque são várias espécies que compõem cada uma destas denominações.
Rodrigo chama a atenção para a importância do serviço ecológico que as cobras prestam para o controle ambiental. Por exemplo, as dormideiras são cobras pequenas e não peçonhentas importantes para o controle de lesmas e caramujos em quintais. As cobras verdes, também conhecidas como cobras de cipó, se alimentam de roedores, assim como jararacas e cascavel. Elas fazem o controle de ratos, principalmente em áreas rurais.
“As cobras entram nas casas geralmente por conta de abrigos formados por pilhas de madeiras, entulhos e mato alto. Elas entram seguindo o cheiro de uma possível presa que estão nesses abrigos, como ratos e lagartos”, diz.
Dicas de prevenção:
- Permaneça em um lugar seguro
- Acione os bombeiros prestando as seguintes informações: nome e telefone, tipo da ocorrência, número de vítimas, se houver, localização/endereço correto citando algum ponto de referência e outras informações pertinentes que julgar importante
- Aguarde o Corpo de Bombeiros
- Manter a propriedade livre de acúmulo de lixos
- Manter o terreno sempre limpo
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