Mais de 30 horas após dois terremotos atingirem cidades da Turquia e da Síria, as autoridades já contabilizam mais de 5 mil mortes em decorrência dos desastres. Os tremores abalaram a região central da Turquia e a região noroeste da Síria, derrubando prédios e deixando milhares de feridos.

De acordo com o vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, seu país registrou, a princípio, 3.419 vítimas fatais por causa dos tremores. Enquanto isso, na Síria, o balanço de mortos é de 1.612.

Ainda neste momento, equipes de resgate e até mesmo sobreviventes continuam na missão de encontrar e resgatar as milhares de pessoas que seguem desaparecidas.

Mesmo com a enorme força de vontade, esses socorristas ainda contam com a desvantagem do impacto do inverno no Hemisfério Norte. Nesta época do ano, as regiões encaram dias com temperaturas negativas, e dificultam ainda mais o resgate.

Oktay informou nesta terça-feira (7) que as condições climáticas severas dificultaram os resgates e o envio de ajuda às regiões afetadas. De acordo com o vice-presidente da Turquia, apenas veículos de resgate e ajuda podem entrar e sair das províncias de Hatay, Kahramanmaras e Adiyaman, as mais afetadas.

O que se sabe sobre os terremotos?

Em um espaço de tempo de algumas horas, dois terremotos atingiram a Turquia e a Síria na manhã desta segunda-feira (6). O primeiro tremor registrou 7,8 de magnitude, seguido de outro terremoto de 7,6.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o tremor de 7,8 de magnitude é o mais forte desde de um registrado na Turquia em 1939. Na ocasião, mais de 30 mil pessoas morreram.

Os terremotos desta segunda-feira são os abalos sísmicos mais mortais registrados nas últimas décadas no país. A Turquia é uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo, por estar “espremida” entre as placas tectônicas da Eurásia ao norte, da África-Arábia ao sul, e a Placa da Anatólia. Assim, essas placas tectônicas se atritam, causando os tremores.

O raio de alcance do tremor de segunda-feira foi de 250 quilômetros. Assim, foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades da Turquia e da Sérvia, e até outros países, como no Iraque, no Chipre e no Líbano.