O que aprendi com Roberto Araújo – ex-gestor de Assistência e desenvolvimento Social de Jundiaí, ex-gestor adjunto de Governo e meu ex-chefe.
Com o olhar voltado à vastidão da cidade atrás da janela da sua sala, no oitavo andar do Paço Municipal, Roberto Araújo costumava pedir para olharmos a grandeza do horizonte ao analisarmos problemas considerados pequenos. Plantava inspiração para estratégia e colhia alunos cheios de gratidão, hoje entristecidos pela sua morte prematura, causada pelo Covid19.
Enxergava valor em todos os seres humanos. Com sabedoria de professor, era capaz de despertar qualidades até em pessoas que as desconheciam. Tinha a maestria de modificar estruturas de pensamento e despertar potenciais.
Incluía todos. Se fosse aplicar uma capacitação e alguém não soubesse ler, por exemplo, primeiro alfabetizava e depois prosseguia. Era, antes de tudo, um construtor de redes, movido a transformar pessoas, lugares e realidades. Somava forças com humildade e capacidade de compartilhar um objetivo maior.
Tinha o ouvido atento e a fala mansa de quem enxerga além, a serenidade de quem foca no lado bom do mundo e a generosidade de quem está disponível a ser consultado a qualquer momento. Hábil em encontrar respostas para tudo, muitas vezes fazendo refletir e achar por si próprio.
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Tornava a inovação íntima do nosso cotidiano, tratada como meio de executar tarefas e obter resultados. Especialmente na área social, era capaz de mobilizar através de ações inovadoras como o projeto Fepasa Viva, onde uniu governo, empresas e moradores da comunidade para mudar o futuro do bairro em situação de vulnerabilidade.
Deixou sua marca em cada canto da cidade e um legado vivo dentro de quem, assim como eu, teve a grata oportunidade de usufruir do seu aprendizado. Ficará a imagem da personificação ideal de um professor no melhor sentido da palavra: aquele cujo horizonte é pano de fundo da sua missão.
Jones Henrique Martins é Analista de Sistemas, Administrador público e Gestor adjunto de Governo em Jundiaí.
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