
Na manhã desta segunda-feira (12), teve início o julgamento do homem acusado de matar a adolescente Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, em março de 2022. O júri popular ocorre no fórum de Campo Limpo Paulista (SP), cidade onde o crime aconteceu. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), estão previstos os depoimentos de 11 testemunhas, além do interrogatório do réu.
Wellington Galindo de Queiroz está preso desde março de 2024, quando foi localizado pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR), após dois anos foragido. Ele foi encontrado na região da Tríplice Fronteira e, ao ser abordado, tentou se passar por outra pessoa, apresentando um nome falso: “Diego”. Detido, ele confessou que fugiu de São Paulo com intenção de cruzar a fronteira para o Paraguai.
Contra Wellington, havia um mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado e estupro de vulnerável, além de um mandado por porte ilegal de arma de fogo e um histórico criminal, que inclui passagens por tráfico de drogas, crime contra o patrimônio, associação criminosa e receptação.
O caso Lara: desaparecimento, morte e investigação
Lara desapareceu em 16 de março de 2022 após sair de casa para comprar um refrigerante em um comércio próximo à residência da família. O corpo da menina foi encontrado três dias depois, em 19 de março, com sinais de violência.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) revelou que a causa da morte foi traumatismo craniano, causado por ao menos quatro golpes na cabeça. A perícia apontou indícios de crueldade, sugerindo que o objeto usado no crime pode ter sido um martelo ou picareta. O corpo da adolescente também apresentava vestígios de cal.
No dia 19 de maio de 2022, novos laudos descartaram a ocorrência de abuso sexual e o uso de entorpecentes no momento da morte.
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí concluiu o inquérito em agosto de 2022. O relatório policial indicou que Lara teria se recusado a interagir com o homem, o que teria motivado a agressão. Para impedir que ela denunciasse, ele teria cometido o assassinato.
Fuga e prisão
O suspeito chegou a ser ouvido informalmente por telefone e foi intimado a depor, mas se recusou a comparecer. Após isso, desapareceu. Um dos elementos-chave para a investigação foi um veículo registrado em nome de uma mulher que declarou ter mantido um relacionamento com Wellington. O carro, flagrado por câmeras de segurança, foi localizado e apreendido em outra cidade.
A captura do acusado só aconteceu em março de 2024, quando agentes da Polícia Federal conseguiram localizá-lo na fronteira com o Paraguai.
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