
Rafael Queiroz deve responder por falsa comunicação de crime por ter mentido ao alegar ser o motorista do carro que arrastou um suposto ladrão no Rio de Janeiro. O caso viralizou na última semana e Queiroz alegou, em uma publicação nas redes sociais e em entrevistas, ter dirigido o veículo que aparece no vídeo.
Após o vídeo se espalhar rapidamente pela internet, um registro de furto foi instaurado na 42ª DP (Recreio). Rafael teria aproveitado a repercussão do caso e se apresentou como protagonista da história, chamando a atenção dos investigadores.
Suposto ladrão foi arrastado em alta velocidade
Em entrevista ao g1, o homem de 27 anos alegou que estava com a filha de 3 anos no carro na hora em que percebeu um vulto na direção do veículo. “Minha reação foi levantar o vidro rápido e acelerar porque eu estava com a minha família no carro. Foi um ato de segurança. Tem menos de um ano que eu fui assaltado e levaram tudo”, contou Rafael.
Ele disse que tentou fechar a janela mas a mão do suposto ladrão ficou presa, ele teria desacelerado o carro e aberto a janela para que o homem não caísse do carro e se machucasse.
“O cidadão brasileiro está cansado dessa falta de segurança. O rapaz acredito que ficou bem. Eu não podia parar antes porque não sabia se ele estava armado ou com uma faca, eu fiz para proteger minha família”, disse na entrevista.
Falsa comunicação de crime
Diante das informações contraditórias, a polícia decidiu intimá-lo para prestar depoimento nesta segunda-feira (29). O homem compareceu acompanhado de seu advogado e, durante o depoimento, admitiu ter inventado toda a história.
Com a confissão de Rafael, a investigação toma um novo rumo. A polícia agora busca identificar o verdadeiro motorista do veículo, o homem que aparece pendurado na janela e esclarecer todos os detalhes do ocorrido. O registro de furto ao veículo continua sendo investigado, e novas informações podem surgir à medida que as investigações avançam.
A divulgação de notícias falsas, principalmente quando envolvem acusações de crimes, é um delito e pode resultar em punições. Nesse caso específico, Rafael responderá por falsa comunicação de crime.
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