
O WhatsApp admitiu, pela primeira vez, que a eleição de 2018 teve uso de envios maciços de mensagens, com sistemas automatizados contratados por empresas.
“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedores de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, durante palestra no Festival Gabo.
O TSE veda o uso de ferramentas de automatização, como os softwares de disparo em massa.
Reportagens da Folha de São Paulo mostraram, no ano passado, que empresas de marketing enviavam de forma massiva mensagens políticas, utilizando de forma fradulenta CPFs de idosos e até contratando empresas estrangeiras.
Empresários bancaram esses envios, que incluía disparos a favor e contra personagens, sem declarar esses gastos à Justiça Eleitoral, o que configura crime de caixa dois.
Supple ainda reconheceu que o aplicativo tem influência em processos eleitorais. “Sabemos que eleições podem ser vencidas ou perdidas no WhatsApp”, disse.
Agirmou, ainda, que a empresa despachou equipes para acompanhar eleições na índia, Indonésia e no Parlamento Europeu no próximo semestre.
Ele afirmou que a empresa vem adotando uma série de medidas para bloquear contas que violam as normas ao fazer envio automatizado ou maciço. O WhatsApp bane, em média, 2 milhões de contas por mês.
 
					 
			
		