
A cidade de Jundiaí registrou em 2024 o maior índice de abstenção da história da cidade. De acordo com dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 102.679 eleitores, ou seja 30,52% do eleitorado, deixaram de comparecer às urnas neste domingo (27).
Este é o maior percentual de abstenção já registrado na cidade, ultrapassando até mesmo o índice das eleições de 2020, realizadas em plena pandemia de Covid-19, quando o índice de não comparecimento no primeiro turno foi de 27,43%. Em 2004, o índice de abstenção era de 12,12% no primeiro turno, percentual que subiu para 16,96% em 2016.
O aumento na abstenção foi acompanhado de altos índices de votos brancos e nulos, que somados resultam 122.862 eleitores – ou 39,19% – que optaram por não votar em nenhum dos candidatos à Prefeitura de Jundiaí neste segundo turno.
Esse número alarmante ocorre também em nível nacional. A cidade de São Paulo, por exemplo, também presenciou o recorde de abstenção em segundo turno neste domingo, com 31,54% dos eleitores que não foram até as urnas. Em 2020, durante a pandemia, a capital paulista teve um índice de abstenção de 30,81%.
Fatores que explicam a alta abstenção em Jundiaí
O aumento expressivo no índice de abstenção está relacionado a diversos fatores, como a falta de identificação dos eleitores com os candidatos apresentados, a sensação de que o resultado não trará mudanças significativas e o crescente descontentamento com a classe política em geral. Além disso, a polarização política pode ter contribuído para afastar eleitores que não se identificam com “nenhum dos lados”.
A alta abstenção em Jundiaí reflete um desafio para a política local, que pode enfrentar dificuldades em legitimar decisões perante uma parcela significativa da população que optou por não participar.