
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi solto na tarde desta sexta-feira (3), após decisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cid havia sido preso em março por desrespeitar regras da delação premiada, após vazamento de áudios com críticas à Polícia Federal e ao STF.
Apesar da soltura, Cid terá que continuar cumprindo medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação com outros investigados.
Delação premiada mantida
O ministro Moraes decidiu manter o acordo de delação premiada firmado por Cid, com base na reafirmação do delator sobre o conteúdo das colaborações e a importância das informações já prestadas.
Segundo o magistrado, os “benefícios pactuados e os resultados da colaboração” foram considerados válidos, assim como a “voluntariedade da manifestação de vontade” de Cid em colaborar com as investigações.
Desabafo e arrependimento
O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, alegou que o ex-ajudante de ordens não se lembra com quem falava nos áudios vazados e que suas declarações críticas às instituições foram um “desabafo” feito em um momento de liberdade após a prisão.
Bittencourt também afirmou que Cid está arrependido das falas e que elas não comprometem a veracidade das colaborações feitas na delação premiada.
Próximos passos
Com a liberdade concedida, Cid deverá continuar colaborando com as investigações em curso, sob a supervisão da Justiça. O caso ainda está em andamento e novas informações podem surgir nos próximos dias.
Pontos importantes
A soltura de Cid não significa o fim do caso, ele ainda responde a investigações e precisa cumprir medidas restritivas.
A delação premiada foi mantida, indicando a relevância das informações já prestadas por Cid.
As declarações feitas nos áudios vazados ainda serão investigadas para determinar o real contexto e possíveis consequências.