Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou que, pela primeira vez, conseguiu indicar um “comunista” para o Supremo Tribunal Federal (STF). A afirmação aconteceu após a aprovação da indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para a Corte, pelo plenário do Senado na quarta-feira (13).

“Pela primeira vez na história desse País conseguimos colocar na Suprema Corte um ministro comunista”, disse Lula em discurso na Conferência Nacional da Juventude.

Dino lançou-se na política como candidato a deputado federal pelo PCdoB. Além disso, o atual ministro da Justiça foi o primeiro governador eleito pelo partido, no Maranhão. Já em 2022, Dino se tornou senador pelo PSB. A sabatina de Dino no senado durou mais de dez horas e a sua indicação contou com aprovação de 47 senadores com voto contrário de 31.

Em 2015, o então governador participou do programa Espaço Público, da TV Brasil, e foi perguntado sobre a forma que a agenda comunista poderia responder às demandas da população. De acordo com ele, é necessário ser coerente e que, enquanto “socialista, comunista e marxista”, ele faz “o que Lenin recomendava”. Ele explica que, na visão do soviético, a recomendação era a “análise concreta da situação concreta”.

Paulo Gustavo Gonet e Flávio Dino com o presidente Lula após indicação para a PGR e o STF
Foto: Ricardo Stucket/PR

Trabalho e tecnologia

Ainda durante a Conferência Nacional da Juventude, o Presidente da República disse que hoje as pessoas são “escravas do celular”. “Antigamente, eu trabalhava 10 minutos a mais que meu horário de trabalho eu pedia hora extra, eu abria processo. Hoje, se trabalha de escravo no celular. Trabalha na hora do almoço, na hora que vai ao banheiro, na hora que sai do serviço, na hora que vai deitar. E ninguém paga nada pelo excesso da jornada que cada um de nós faz nesse País”, declarou o presidente.

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