
O mês de abril é conhecido como o mês do chocolate por conta da Páscoa, época em que ovos de chocolate de todos os tipos são encontrados em abundância nas lojas, além de outros produtos feitos com o ingrediente.
O chocolate é produzido a partir das sementes do cacau, um fruto com potente ação anti-inflamatória e antioxidante. Sua composição é rica em vitaminas, minerais e triptofano, um aminoácido essencial que ajuda o organismo a produzir serotonina, responsável pela sensação de bem-estar, e melatonina, também conhecida como “hormônio do sono”. As substâncias presentes no fruto também podem influenciar na prevenção de doenças crônicas, melhorar os níveis lipídicos em indivíduos obesos, o fluxo sanguíneo cerebral e, consequentemente, as funções neurocognitivas.
Cacau x chocolate
Devido ao cacau ser um dos principais ingredientes do chocolate, é comum pensar que ambos possuem os mesmos benefícios e valores calóricos, porém muitos chocolates contêm baixa quantidade de cacau – cerca de 20% – e grandes porções de gorduras e açúcares, que podem trazer problemas de saúde como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Por isso, é importante fazer escolhas conscientes e moderar o consumo de chocolate.
Uma opção mais saudável é o chocolate amargo, que contém maior quantidade de cacau e menos açúcar e gordura em comparação com os outros tipos de chocolate. O chocolate amargo pode trazer benefícios à saúde, como a redução do risco de doenças cardíacas, a melhora da função cerebral e a prevenção do envelhecimento precoce.

Além disso, o cacau em pó pode ser utilizado em receitas saudáveis e saborosas, como smoothies, bolos e barras de cereais caseiras. O importante é escolher cacau em pó puro e sem açúcar adicionado, para aproveitar todos os benefícios nutricionais do fruto.
Portanto, optar por chocolate amargo e cacau em pó puro, sem açúcar adicionado, é uma boa opção para aproveitar todos os benefícios do cacau sem comprometer a saúde.
Curiosidades sobre o cacau
A história do cacau remonta à civilização Maia, que habitava o México e a América Central entre os anos 250 d.C. e 900 d.C.. Os Maias consideravam o fruto como uma oferta valiosa destinada aos deuses. Eles torravam as sementes do cacau, moíam e transformavam o pó em uma bebida amarga e picante que acreditavam ter propriedades energizantes e afrodisíacas. Diz a lenda que o deus Maia Quetazacoalt criou as sementes de cacau e as chamou de “cacaohualt”, que significa “água amarga”.
Após a colonização do império Maia pelos espanhóis, o cacau chegou à Europa e passou a ser consumido de outras formas, misturado com leite, açúcar, oleaginosas ou outros ingredientes, dando origem ao chocolate que conhecemos atualmente.
O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de cacau e seus subprodutos, como manteiga e cacau em pó, usados na produção de chocolates. Segundo dados da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), em 2021 foram processadas 224.168 toneladas de cacau. Não é surpresa que o setor movimente R$ 23 bilhões anualmente no Brasil, tendo a Bahia como principal produtora.