
A crescente exposição solar e os efeitos nocivos da radiação ultravioleta aumentam a vulnerabilidade da pele. Em muitos casos, pequenas lesões podem evoluir para câncer de pele, o câncer mais frequente no Brasil e no mundo.
A conscientização sobre sintomas, prevenção e tratamento é essencial, e a recente confirmação de câncer de pele no ex-presidente Jair Bolsonaro reforça a necessidade do debate.
Tipos de câncer de pele
De acordo com especialistas, os três tipos mais frequentes de câncer de pele são:
- Carcinoma basocelular: o mais comum, cresce localmente e raramente se espalha.
- Carcinoma espinocelular: mais agressivo, pode infiltrar tecidos vizinhos e se disseminar.
- Melanoma: o mais grave, com alto risco de metástase se não tratado rapidamente.
No caso de Jair Bolsonaro, exames identificaram carcinoma de células escamosas in situ em duas de oito lesões retiradas. Esse estágio inicial significa que o tumor estava restrito à camada superficial da pele, sem invasão profunda.
Segundo o médico Cláudio Birolini, que acompanha o ex-presidente, o carcinoma espinocelular ocupa uma posição intermediária em agressividade: não é tão inofensivo quanto o basocelular, mas também não atinge a gravidade do melanoma.
Bolsonaro apresentou lesões, removidas cirurgicamente após a biópsia confirmar o carcinoma em estágio inicial.
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Câncer de pele: sinais de alerta
Confira alguns sinais que você não pode ignorar:
- Pintas ou manchas que mudam de cor, forma ou tamanho.
- Lesões que não cicatrizam, sangram ou formam crostas.
- Bordas irregulares ou assimetria em pintas.
- Variações de cor dentro de uma mesma mancha.
- Diâmetro maior que 6 mm.
- Alterações rápidas de textura, coceira ou dor.
Como prevenir o câncer de pele
A prevenção é a principal forma de reduzir riscos. Médicos recomendam:
- Usar protetor solar com FPS 30+ diariamente, reaplicando a cada 2-3 horas.
- Evitar sol entre 10h e 16h.
- Usar chapéus, roupas de proteção e óculos escuros.
- Não recorrer ao bronzeamento artificial.
- Fazer autoexame da pele e visitar o dermatologista regularmente.
Tratamento e acompanhamento
O tratamento do câncer de pele depende do tipo e do estágio:
- Carcinomas superficiais: geralmente tratados com cirurgia simples ou terapias menos invasivas.
- Carcinoma espinocelular avançado: pode exigir cirurgia mais ampla e exames complementares.
- Melanoma: requer terapias agressivas, como imunoterapia e cirurgia extensa.
No caso de Jair Bolsonaro, não foi indicada quimioterapia. O ex-presidente seguirá com acompanhamento médico regular, já que as lesões foram retiradas cirurgicamente.
Diagnóstico precoce salva vidas
O exemplo de Bolsonaro mostra a importância do diagnóstico precoce. O carcinoma in situ tem excelente prognóstico quando tratado de forma rápida. Detectar o câncer de pele em fases iniciais aumenta as chances de cura e reduz a necessidade de tratamentos invasivos.