
Os cigarros eletrônicos, muitas vezes vistos como uma alternativa mais segura ao cigarro tradicional, contêm uma mistura complexa de substâncias, muitas delas tóxicas e com potencial viciante.
Uma pesquisa recente, da Universidade Federal de Santa Catarina e a Polícia Científica, trouxe à tona a presença de octodrina, uma substância da mesma família da anfetamina, em diversas marcas de cigarros eletrônicos comercializadas no Brasil.
Essa substância, que aumenta o potencial viciante, é apenas mais um componente de uma lista que inclui glicerol, propilenoglicol, formaldeído, acetaldeído, acroleína, acetona e nicotina – todas com efeitos nocivos à saúde.

O que tem na fumaça dos cigarros eletrônicos
A incerteza sobre a natureza exata da fumaça produzida pelos vapes é um dos principais argumentos utilizados pela indústria para defender a legalização desses produtos. No entanto, a comunidade científica e os profissionais de saúde são unânimes em alertar para os riscos associados ao seu consumo.
Os estudos realizados até o momento demonstram que a fumaça dos cigarros eletrônicos não é composta apenas por vapor d’água e saborizantes, como muitos acreditam. Ao contrário, ela contém uma série de substâncias químicas que podem causar danos aos pulmões, ao coração e a outros órgãos.
A presença de nicotina, uma substância altamente viciante, torna os vapes um grande perigo para os jovens, que muitas vezes iniciam o consumo desses produtos sem ter consciência dos riscos envolvidos. Além disso, a adição de outras substâncias, como a octodrina, aumenta ainda mais o potencial viciante desses dispositivos.

Cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil
A proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil não tem sido suficiente para conter o mercado ilegal, que movimenta milhões de reais e abastece um público cada vez mais jovem. A falta de regulamentação e a dificuldade em rastrear a origem desses produtos dificultam a identificação precisa de todos os componentes presentes em sua composição.
A complexidade do problema exige uma ação conjunta de diversos setores da sociedade, como a intensificação da fiscalização das fronteiras para combater o contrabando de cigarros eletrônicos, investimento em campanhas de conscientização sobre os riscos do seu consumo e fortalecimento da pesquisa científica sobre esses produtos.
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