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O Governo do Estado confirmou nesta quarta (3) o retrocesso à fase vermelha do Plano SP de enfrentamento ao novo coronavírus em todos os municípios paulistas. As medidas mais restritivas passam a valer a partir de sábado (6), quando apenas os serviços essenciais devem permanecer abertos, e vão durar até o próximo dia 19.

A única dúvida era em relação ao funcionamento das escolas, que permanecem abertas mesmo com todas as restrições. O toque de recolher, já em vigor, muda de horário: passa a valer a partir das 20h e dura até às 5h (antes tinha início às 23h).

O anúncio, que está sendo feito neste momento pelo governador João Doria (PSDB), já era aguardado desde ontem, quando as informações sobre a regressão passaram a ser ventiladas pelo próprio governo. Na terça (2), Doria comandou uma videoconferência com mais de 600 prefeitos de municípios paulistas para debater as novas ações.

O governador também anunciou a criação de 500 novos leitos para tratamento da Covid19.

O prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB) participou da reunião virtual, como divulgou a Prefeitura de Jundiaí, ontem (2) à noite. O número de leitos na cidade, inclusive, foi ampliado. Campinas, município polo da região, já havia se antecipado diante dos números locais e decretado a fase vermelha antes mesmo da decisão estadual.

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Videoconferência com prefeitos e representantes dos municípios aconteceu ontem (2) – Foto: Divulgação/Governo de SP

O que pode funcionar?

Nesta fase, é permitido apenas o funcionamento de atividades consideradas essenciais: supermercados, farmácias, atendimentos de saúde, postos de combustíveis, oficinas mecânicas, padarias (sem consumo no local), bancos, pet shops e outros.

Na relação de atividades vetadas estão lojas, galerias, comércio, prestadores de serviços, salões de beleza, barbearias, academias de ginástica, espaços de eventos e convenções, museus, cinemas, teatros e espaços culturais. Restaurantes, lanchonetes, bares e outros espaços de gastronomia podem funcionar somente para entrega e venda, sem consumo no local.

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Doria usou termos como “alarmante” e “prioridade” para destacar o avanço da doença nas 645 cidades sob responsabilidade do Estado. “O momento é de união e mobilização diante de uma circunstância gravíssima como essa. As duas piores semanas desde o início da pandemia estão por vir, nós temos que estar preparados. Não podemos estar ausentes, indiferentes, tratarmos isso com frieza ou debaixo de pressões que não sejam exclusivamente pela proteção à vida”, disse Doria.

O Governo do Estado reforçou aos Prefeitos que São Paulo possui 7.415 pacientes internados em UTIs, número recorde desde o início da pandemia. (com informações do Governo do Estado)