Perna de pessoa sob banco de praça.
Foto: Divulgação/ HSV

Espasmos musculares e cãibras são queixas recorrentes que podem afetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou do condicionamento físico. Embora frequentemente confundidos, esses dois quadros têm causas e características distintas, exigindo cuidados e prevenções específicas.

Segundo o Dr. Rafael T. Ortiz, médico ortopedista especialista em coluna do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), os espasmos musculares são contrações involuntárias e persistentes dos músculos, que podem ser desencadeadas por sobrecarga, má postura, hérnias de disco ou até por condições sistêmicas.

“O espasmo muscular é uma contração involuntária e persistente, que pode estar relacionada à sobrecarga, má postura ou aos problemas mecânicos na coluna. As cãibras, por outro lado, são contrações súbitas e dolorosas que duram alguns segundos ou minutos e estão frequentemente associadas a distúrbios eletrolíticos, como a deficiência de potássio, magnésio e cálcio, além da desidratação e do uso excessivo dos músculos”, explica o especialista.

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Alimentação, hidratação e exercícios físicos são fundamentais

Para o médico ortopedista Dr. Gustavo Miarelli Campos, também especialista em coluna, a prevenção das cãibras está apoiada em três pilares principais: fortalecimento muscular, prática regular de exercícios aeróbicos e alimentação balanceada.

“O consumo adequado de potássio, por exemplo, é essencial. A banana é um alimento popularmente associado à prevenção de cãibras justamente por ser rica nesse mineral. Mas, além da alimentação, a hidratação e os alongamentos também desempenham um papel importante na prevenção”, destaca o médico.

Postura inadequada é vilã silenciosa dos espasmos

A má postura no dia a dia é um dos principais gatilhos para espasmos musculares, especialmente na região cervical. Horas em frente ao computador, uso excessivo do celular e colchões ou travesseiros inadequados podem causar sobrecarga e tensão muscular.

“A inclinação prolongada da cabeça ao usar o celular, por exemplo, cria um esforço constante na musculatura cervical, levando a espasmos e dores. Além disso, colchões muito moles ou travesseiros inadequados podem agravar o problema, causando torcicolos frequentes”, alerta o Dr. Rafael.

Para minimizar esses efeitos, os médicos recomendam manter a coluna alinhada durante o sono e fazer pausas para alongamentos ao longo do dia.

“O ideal é deitar-se de lado e manter a coluna bem alinhada, com um travesseiro entre as pernas para melhorar a ergonomia. Evitar travesseiros muito altos ou baixos também é essencial para prevenir tensões musculares”, acrescenta Dr. Gustavo.

Estresse também afeta os músculos

Fatores emocionais como estresse, ansiedade e noites mal dormidas são causas frequentes de dores e tensões musculares. O corpo responde diretamente ao estado emocional, o que pode resultar em contraturas, espasmos e até tremores.

“O estresse no trabalho, problemas familiares e noites mal dormidas contribuem para a rigidez muscular. O corpo responde ao emocional e isso pode se manifestar através de espasmos e dores. Por isso, é fundamental buscar formas de relaxamento, como a prática de atividades físicas, meditação e alongamentos regulares”, explica o Dr. Gustavo.

Quando procurar ajuda médica?

Embora muitos episódios desapareçam sozinhos, a persistência ou a intensidade dos sintomas exige atenção. A recomendação dos especialistas é clara: se os espasmos ou cãibras se tornarem frequentes, intensos ou limitarem atividades do dia a dia, é hora de procurar avaliação profissional.

“Se a dor se torna limitante, impedindo a realização de atividades diárias ou profissionais, é um sinal de alerta. Existem exames e tratamentos específicos para identificar a causa do problema e proporcionar alívio ao paciente. Não ignore os sinais do seu corpo e procure orientação profissional”, conclui Dr. Rafael.

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