Foto: Canva
Foto: Canva

Um estudo publicado na revista científica Nature Communications, nesta quarta-feira (27), lança luz sobre os fatores de risco genéticos e modificáveis que contribuem para o envelhecimento precoce do cérebro, aumentando assim a susceptibilidade a doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

Para a análise, foram observados exames cerebrais de 40 mil participantes do Biobank do Reino Unido, com mais de 45 anos. Os pesquisadores também examinaram 161 fatores de risco para demência e avaliaram seu impacto em regiões cerebrais especialmente propensas ao envelhecimento precoce.

O estudo categorizou então esses fatores modificáveis, que são aqueles que podem ser alterados ao longo da vida, em 15 categorias: pressão arterial; colesterol; diabetes; peso; consumo de álcool; tabagismo; depressão; inflamação; poluição; audição; sono; socialização; dieta; atividade física; e educação.

“Sabemos que uma constelação de regiões do cérebro degenera mais cedo no envelhecimento e, neste novo estudo, mostramos que essas partes específicas do cérebro são mais vulneráveis ​​ao diabetes, às doenças relacionadas à poluição atmosférica — cada vez mais um fator importante para a demência — e o álcool, de todos os fatores de risco comuns para a demência”, aponta Gwenaëlle Douaud, pesquisadora líder do estudo, em comunicado à imprensa.

Segundo com Douaud, várias alterações genéticas também influenciam essa rede cerebral e estão ligadas a mortes cardiovasculares, esquizofrenia, Alzheimer e Parkinson. Além disso, o estudo revelou que dois antígenos de um grupo sanguíneo menos conhecido, chamado antígenos XG, também são fatores de risco.

Conforme apontam os autores, o estudo elucida alguns dos fatores de risco mais críticos para a demência e fornece novos insights que podem contribuir para a prevenção de doenças neurodegenerativas, além de informar estratégias futuras para intervenções específicas.