
A primeira apresentação dos dados relativos às arboviroses de Jundiaí em 2024 mostra que os número de casos autóctones de dengue é superior ao número de importados. Dos 50 casos positivos, 33 pacientes contraíram no município e 17 em outras cidades.
A população pode conferir os dados das arboviroses diretamente no portal da Prefeitura de Jundiaí, no painel específico (Boletim Arboviroses). “Manter o dado disponível em sistema gráfico facilita para que as pessoas identifiquem as ocorrências, as faixas etárias e até, as regiões. Temos alerta do Ministério da Saúde para o risco de surto da dengue neste ano, e, desde o ano passado o trabalho vem sendo intensificado”, reforça a biomédica da VISAM, Ana Lúcia de Castro Silva.
De acordo com o Ministério da Saúde, para este ano, espera-se um aumento no número de casos. Dessa forma, desde 2023, a pasta tem atuado no combate ao mosquito Aedes Aegypti, na vigilância epidemiológica das arboviroses e na prevenção da dengue em todo o país. Febre, dor no corpo e articulações estão entre os sintomas mais comuns da doença.
Confira as dúvidas mais recorrentes e saiba como se prevenir da dengue
Quais são os principais sintomas da dengue?
Febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo são os sintomas mais comuns. No entanto, a infecção por dengue também pode ser assintomática ou apresentar quadros leves.
O que devo fazer se estiver com suspeita de dengue?
Nestes casos, busque a unidade de saúde mais próxima para garantir uma avaliação do quadro e orientação para tratamento adequado dos sinais e sintomas apresentados.
Qual a razão para o aumento de casos de dengue em 2024?
A projeção do aumento de casos da doença se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas – possíveis efeitos do El Niño – conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, há o ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
A vacina é a única forma de se proteger da doença?
Não. Evitar a proliferação do vetor da dengue, o mosquito Aedes Aegypti, segue como medida mais eficaz. As larvas do transmissor se desenvolvem em água parada. Dessa forma, a sociedade deve se empenhar para eliminar os criadouros com medidas simples e implementadas na rotina. São exemplos: tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras.
O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas. Por fim, recomenda-se como medida adicional de controle o uso de repelentes e a instalação de telas mosquiteiras, especialmente nas regiões com maior registro de casos.
Quando a vacina da dengue chega ao Brasil?
As primeiras doses chegaram no último sábado (20), com uma remessa de cerca de 750 mil unidades. Além dessa, o Ministério da Saúde receberá outras remessas, totalizando 6,5 milhões de doses até o final do ano – sendo 1,3 milhão por meio de doação pelo laboratório fornecedor e 5,2 milhões compradas pela pasta. Para 2025, o ministério já contratou 9 milhões de doses.
Essa vacina protege contra todos os sorotipos da dengue?
A princípio, comprovou-se a eficácia em crianças e adolescentes contra os sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue. No entanto, a avaliação da eficácia contra o sorotipo 4 foi inconclusiva devido à quantidade limitada de casos durante o estudo. Para adultos, avaliou-se apenas a imunogenicidade e a segurança da vacina.
O imunizante contra a dengue é seguro?
Sim. De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas oferecidas no SUS são eficazes, têm segurança comprovada e salvam milhares de vidas em todo o mundo.
Quem já teve dengue pode receber a vacina?
Sim. O Ministério da Saúde indica essa vacina para a proteção contra o vírus da dengue em crianças, adolescentes e adultos de 4 a 60 anos de idade, independentemente de infecção prévia (soropositivos e soronegativos).
Quem não pode receber a vacina da dengue?
- Crianças menores de 4 anos e idosos com 60 anos ou mais;
- Gestantes e lactantes;
- Pessoas com hipersensibilidade aos componentes da vacina ou a uma dose anterior;
- Pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida;
- Pessoas com infecção pelo HIV sintomática ou assintomática quando houver evidência de imunossupressão.
Essa vacina protege contra zika, febre amarela e chikungunya?
Não, a vacina não oferece proteção contra outras arboviroses. Sua eficácia é exclusiva para a prevenção da dengue.