“Uber Balada”. Em Jundiaí, é assim que o motorista de aplicativo, Benjamin Tameirão Neto, de 63 anos, ficou conhecido entre os amigos e passageiros.

“Nos anos 80, éramos movimentados pelas músicas, pelo balanço. Em uma conversa com meus amigos dessa época, estávamos lembrando das músicas. Eu sempre acordo ouvindo música alta e minha esposa não gosta muito, porque acha que eu incomodo os vizinhos. Eu acordo e já estou dançando”, disse Benjamin, em entrevista ao G1.

A ideia de transformar o carro em balada surgiu depois que o homem passou a se sentir cansado e aborrecido com tantas notícias tristes devido à Covid-19.

“Eu sempre gostei de organizar eventos, futebol de salão, dominó…porém, isso tudo está proibido, não posso reunir as pessoas, não posso juntar minha família e ver meus três netinhos. Como preencher um buraco desses?”, lamenta.

A solução, aprovada pelas três filhas, foi de cada corrida, uma festa!

Show de luzes

No dia a dia, a balada começa logo quando Benjamin aceita um pedido.

“No momento que fazem um pedido e eu aceito, entro no chat e mando mensagem para a pessoa falando ‘bom dia’, com um sorrisinho, e já anuncio que ela vai fazer uma viagem com o ‘Uber balada’. Já quebro o gelo da pessoa”, diz.

Se for durante a noite, um globo com jogo de luzes anima a festa.

“Quando você entra no carro, o que é padrão? Confirmar o endereço, dar ‘bom dia’, chegar ao destino final e acabou. No ‘Uber balada’, eu já estou ‘estourando’ a música. Tem pessoas que não aceitam, mas a grande maioria topa”.

E o serviço agrada.

No aplicativo, apenas avaliações positivas.

“O sorriso das pessoas é a coisa mais gratificante que tem. Tem gente que fala que queria dar mais de cinco estrelas. Eu adoro o que eu faço, adoro ser motorista de aplicativo. Para mim, foi a melhor ideia que já fizeram no mundo”, afirma.

A receita de tanta alegria e alta astral é construída dia a dia: “acordar com pensamento positivo, ter atitudes positivas e postura positiva. Essa soma de coisas boas é igual a felicidade, não tem como dar errado”.

Com informações do G1.