O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cumpre atualmente uma quarentena de no mínimo 14 dias em Nova York, após testar positivo para Covid-19 durante sua viagem na comitiva do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com cálculos do R7, os gastos do ministro em sua estadia obrigatória podem chegar a R$ 50 mil, diretamente dos cofres públicos do Brasil.

A conta considerou o valor do quarto mais barato do hotel e a passagem de retorno para o país depois da quarentena.

O ministro deve voltar ao Brasil em um voo comercial. O R7 cotou três valores mais baixos para uma passagem de volta na classe executiva no período em que termina o isolamento de Queiroga, entre 4 e 5 de outubro.

A mais barata custa R$ 11.672,55. A segunda com menor preço R$ 12.466,64 e a terceira por R$ 15.134,52. Assim, a média da passagem fica em torno de R$ 13 mil.

As diárias no quarto mais barato no hotel Intercontinental Barclay, onde o ministro está hospedado, sai por R$ 28,4 mil, incluindo café da manhã e taxas, de acordo com simulação feita no site do estabelecimento. O governo norte americano recomenda que o ministro permaneça isolado no local onde já estava, evitando a disseminação do vírus. Além disso, o ministro terá despesas com comida e translado.

Queiroga tomou as duas doses da vacina contra Covid-19, e está sem sintomas da doença. Ainda assim, é assistido por médicos, mas esses custos não foram somados, considernado que a embaixada do Brasil nos Estados Unidos disponibilizou a equipe médica para o ministro. Ainda assim, gastos com medicamentos e procedimentos podem ser contabilizados.

Por seu cargo, Queiroga tem direito a receber o maior valor de diária para custear hotel, transporte e alimentação: U$ 460 por dia, em caso de viagem aos Estados Unidos, conforme decreto 6.576 de 2008.

Pelos 14 dias, o ministro deverá receber R$ 33,9 mil. Os valores, em dólar, foram convertidos para real a partir da cotação do Banco Central. Considerando os valores médios da passagem e as diárias, a quarentena de Queiroga ultrapassa R$ 46,7 mil reais.