Aqui em Jundiaí muitos prédios chamam a atenção pela beleza, com intervenções paisagísticas de clássicas a modernas.
Algumas construções que difundem esses conceitos e que merecem ser admiradas: desde as mais antigas, como a Catedral Nossa Senhora do Desterro, até as mais novas, como o Sesc Jundiaí. Confira:
Paço Municipal
Em um dos pontos mais altos da cidade, ali está o Paço Municipal, se destacando. O prédio teve sua construção finalizada em 1988, com projeto feito pelo arquiteto Araken Martinho.
As linhas são geométricas e o prédio conta com ‘meio-andares’, dando a impressão de que não é necessário subir muitos lances para o andar seguinte. Tudo fica ao redor de um pátio central, iluminado por um teto transparente, o que dá a sensação de que o corredor dos andares estão todos integrados.
Bolão
O Complexo Esportivo Nicolino de Lucca, o Bolão, foi inaugurado dia 4 de outubro em 1953 pelo prefeito Luiz Latorre para ser utilizado na disputa dos 18º Jogos Abertos do Interior.
O projeto é do arquiteto Vasco Antônio Venchiarutti, que por dois mandatos (1948-1951; 1956-1959) governou a cidade. Tratava-se, para a época, de uma proposta bastante inovadora: um dos maiores vãos livres sob cúpula de concreto até então construídos. Graças a este projeto, ele recebeu o 2º prêmio arquitetura ‘Governo de São Paulo’ no salão paulista de Belas Artes.
Hoje, o conjunto Poliesportivo Dr. Nicolino de Lucca é composto pelo ginásio de esportes, quadras poliesportivas, quadras de tênis, pista de atletismo, piscinas descoberta e coberta aquecida, além de abrigar o edifício da Escola de Educação Física (Esef) de Jundiaí.
Sesc Jundiaí
Ao lado do Jardim Botânico e abaixo do Paço Municipal, o Sesc Jundiaí é outra construção que se destaca, ainda mais por seus traços modernos. O projeto foi feito pela Teuba Arquitetura e Urbanismo, que projetou um espaço que aproveita a beleza do que há ao redor por meio de grandes janelas e varandas.
Um dos intuitos do projeto foi integrar espaços internos e externos, desmanchando a noção da “caixas” construídas e também a incorporação de elementos da arquitetura tradicional brasileira com suas varandas, chão de cacos de cerâmica e tetos de ripados de madeira. A parte principal do Sesc foi contruída em um formato arredondado, que chama atenção visto por fora.
Catedral Nossa Senhora do Desterro
A construção da atual Catedral Nossa Senhora do Desterro foi iniciada em 1651, para substituir a primeira capela construída na cidade. Em 1655, a nova igreja seria dedicada à Sagrada Família, tendo como padroeira Nossa Senhora do Desterro. Na época, a igreja foi construída em taipa de pilão e possuía tendências arquitetônicas barroco português.
Mais tarde, em 1886, seguindo projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, a então Igreja de Nossa Senhora do Desterro passa por grande reforma e tem alterado seu estilo para Neogótico. Carregado de simbolismo teológico, tal estilo busca expressar a grandiosidade: tudo se volta para o alto, em direção aos céus e a Deus. Lindas pinturas e vitrais coloridos complementam o cenário.
Mesquita Omar Ben Abed Al Aziz
Quem passa pelo Viaduto da Duratex e seus arredores certamente já se impressionou com a Mesquita, uma construção imponente que destoa de tudo que há nos arredores, desde 1989. Com sua cúpula arredondada e duas torres ao lado, sendo uma delas maior, a construção segue as características de outras mesquitas ao redor do mundo.
Ao adentrar as grandes portas do salão principal, cores e desenhos coloridos tomam conta do cenário. No meio do grande espaço, um lustre bem grande se torna protagonista. As pinturas que tomam conta de toda a mesquita foram feitas por um egípcio e no chão, os tapetes estão por todos os lugares – afinal, não é permitido entrar com sapatos no salão principal.
Teatro Polytheama
Inaugurado em 1911, é um dos mais antigos e tradicionais teatros brasileiros. Trata-se de um dos melhores exemplos remanescentes dos teatros populares no fim do éculo XIX e início do século XX, com arquitetura típica para a época. O seu auge foi no século XX, quando era considerado o maior teatro do Estado de São Paulo, com 2920 lugares. No entanto, o espaço passou por uma época de degradação e decadência após a década de 50.
O espaço praticamente ficou em ruínas em 1970, mas por conta da pressão popular, o espaço foi restaurado em 1996, com orientação de Lina Bo Bardi. Hoje, é um patrimônio Estadual tombado pelo Condephaat e conta com paredes originais nuas, em tijolo, e estruturas metálicas aparentes, caracterizando-se em um exemplo de restauro moderno.
Museu Solar do Barão
Com pé direito alto, dez janelas e uma porta principal simetricamente no meio da fachada, o que hoje abriga o Museu Solar do Barão era a residência do então Barão de Jundiahy, Antônio Queiroz Teles, a partir de 1862. Na época, era no imóvel que eram tomadas as principais decisões políticas de Jundiaí e onde ilustres visitantes se hospedavam.
O prédio, tombado pelo Condephaat, é uma construção tipicamente urbana de meados do século passado, em ambiente térreo, constrúido em taipa de pilão e implantada em lote voltado para uma praça. No local, ainda encontram-se preservados elementos originais como esquadrias, vidros decorados e muros divisórios em taipa de pilão.
O jardim do Museu Solar do Barão, em estilo neorrococó, tem aproximadamente 1600 m2 e é um atrativo à parte. Reformado recentemente, o jardim oferece beleza e tranquilidade em pleno centro da cidade, além de ser comumente usado por pessoas que trabalham na região central como ponto de sociabilidade no horário de almoço.