
A pequena Alícia, de dois anos, foi pela primeira vez ao parque no último domingo (14), graças ao seu novo suprimento de oxigênio, comprado após vaquinha online, em uma grande corrente do bem.
Até então, o oxigênio que utilizava não era recarregável e não permitia com que ela passasse muito tempo fora de casa. Assim, pouco conhecia sobre cores e cheiros, algo muito importante para o desenvolvimento de uma criança.
A vaquinha online reuniu a ajuda de muitas pessoas, dispostas a dar mais qualidade de vida para a criança.
Na ocasião, o Tribuna de Jundiaí fez uma reportagem, que repercutiu e auxiliou na arrecadação do valor. A família pedia R$ 20 mil e conseguiu R$ 29 mil. Com a quantia, será possível comprar também uma cadeira de rodas adaptada para o tamanho da Alícia, além do oxigênio que já foi adquirido, ao preço de R$ 17 mil.
A mãe, Juliana Leite, agradece a todos que ajudaram. “Arrecadamos rápido depois da repercussão. Em uma semana conseguimos o valor. Com sete dias conseguimos R$ 29 mil. Aos que ajudaram: vocês fizeram com que a gente realizasse um sonho. Hoje, a Alícia vai poder ir para onde quiser, vai poder ter também uma cadeira confortável. Vocês deram qualidade de vida para ela”, diz a mãe.
Sobre a primeira ida ao parque, Juliana diz que a sensação foi de muita alegria. Eles foram ao Ibirapuera, em São Paulo, e a data certamente ficará marcada. “A gente ficou tão feliz, mas tão feliz, que parece que passou tudo muito rápido. Foi incrível, um momento único”, relembra.
Relembre a história
A pequena Alícia é prima de primeiro grau da Larissa Moraes Medeiros, de 9 anos, que ficou conhecida em todo o Brasil após reportagem no Fantástico por ter alopecia areata universal, uma doença rara que que causa queda do cabelo e de todos os pelos do corpo. Foi por meio da mãe dela, Vanessa, que o Tribuna de Jundiaí soube da história da Alícia.
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Alícia e sua irmã gêmea, Martinne, nasceram prematuras. Ela nasceu com 720 gramas e sua irmã com 726. Martinne teve hidrocefalia e Alícia sofreu uma série de intercorrências, incluindo uma série de paradas respiratórias, uma hemorragia grau 2 e anemia.
A última parada respiratória deixou seu cérebro por 4 minutos sem oxigênio, ocasionando paralisia cerebral e vários problemas neurológicos.
Ela também desenvolveu laringomalacia e, por conta desse quadro, teve que fazer uma traqueostomia e uma gastrostomia. Como não consegue respirar sozinha, precisa da ajuda do oxigênio.
Juliana, que morava em Jundiaí até 2016, precisou mudar para São Paulo para passar nos hospitais específicos devido as complicações das duas filhas e também de sua gravidez, que foi de alto risco. “Hoje nossa vida é em prol das nossas filhas, para dar uma vida melhor para elas”, disse na ocasião da vaquinha.
No texto da vaquinha online, o apelo da mãe era um só: que sua filha pudesse ver e conhecer “o mundo lá fora”. “Nessa idade, as crianças fazem descobertas simples, como ver o mundo, árvores, parques, cachorros na rua, flores nas praças. Mas a Alícia não faz, pois precisa de oxigênio. Simples pra maioria, mas para ela é algo essencial!”, pediu a mãe.
Agora, com a ajuda de todos, ela pode! Relembre a história completa.