Todo oito de março é lembrado como o Dia Internacional da Mulher, com diversas campanhas criadas para homenagens ou apontamento de problemas sociais enfrentados por elas. É nesta linha que a agência de publicidade io, de Jundiaí, trouxe em 2021 a campanha Central das Mulheres, que busca dar voz às vítimas de violência de gênero.
“Ter um propósito bem definido contribui para gerar campanhas como a Central das Mulheres. Na Agência io!, definimos que vamos sempre ter orgulho de oferecer estratégia criativa e, nesta ação, conseguimos envolver nosso time de mulheres para impactar um tema relevante”, comenta Paloma Cremonesi, diretora de Criação da agência.
A ideia foi gravar oito vídeos, em que cada funcionária da agência leria uma carta, escrita por outra mulher que já sofreu violência de gênero – seja física, moral, sexual, psicológica, patrimonial ou política.
“Nesta primeira iniciativa para o Dia Internacional das Mulheres, a io! buscou um propósito que promovesse a equidade de gênero”, explica Paloma.
Os relatos emocionantes começaram a ser divulgados exatamente oito dias antes do 8 de março, quando foi divulgada a última carta. Ao final das publicações, todo o conteúdo será utilizado para criar uma produção ainda maior: um webdocumentário com a união de todas as histórias.
A Agência io contou com a parceira do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha), uma entidade que produz e analisa estudos relacionados a gênero, cidadania e diversidade na região de Jundiaí.
“O que nos motiva é trabalhar com a ciência e os recursos, obtendo dados confiáveis para pautar e impactar a produção de políticas públicas”, destaca Thuany Figueiredo, coordenadora do CEMP. “Nossa missão é realizar estudos sobre gênero, diversidade e cidadania, além de promover atividades que impactem positivamente a vida de grupos minoritários. Nossos valores são: inclusão, diversidade, rigor analítico, cidadania e direitos humanos”.
Temas relevantes e importantes
As histórias de violência de gênero transmitidas através dos vídeo abrangem situações diversas e todas igualmente tocantes. Uma das funcionárias da agência, Pâmela Palharin (24), recebeu e leu a carta de uma mulher gorda que sofreu violência de gênero devido ao seu corpo.
“O relato detalha desde cenas de opressão sofrida no ambiente familiar, a falas gordofóbicas que ela sofreu dentro do ambiente de trabalho. Muitas vezes, essas situações fizeram ela acreditar que não poderia ter uma vida ‘normal’, como casar e ter filhos e tudo por conta do seu corpo”, explica Pâmela.
Mesmo não tendo passado por uma situação parecida com o relato, a história trouxe reflexões importantes para a jovem publicitária.
“Essa história me fez refletir bastante sobre como a sociedade vê a pessoa gorda, acreditando que o peso está relacionado a saúde, quando na verdade nossos corpos são diferentes. Uma parte que mexeu comigo foi a que ela relata que os lugares não são pensados para pessoas gordas, seja corredores, bancos de ônibus ou até mesmo o cinto de segurança. A gordofobia não acontece só na fala/pensamento, mas está explícito nos mais diversos ambientes.”
Extensões da campanha
Para acrescentar mais conteúdo relevante ao material, a agência desenvolveu um site, com informações importantes e dados sobre a violência de gênero, Lei Maria da Penha, e ainda um formulário para uma pesquisa sobre o tema. [clique aqui para conferir]
“Tema relevante, sim. Tema necessário, mais ainda. Tema que está em evidência graças a iniciativas como essa que, hoje, temos orgulho de apresentar a toda a nossa comunidade. E queremos mais. Participe você também”, convida a Diretora de Criação.
Assista o episódio da primeira carta:
Dados preocupantes
De acordo com informações da ONU Mulheres, a chegada do novo coronavírus agravou significativamente a “pandemia invisível”, que são os casos de violência contra a mulher no mundo todo.
“O confinamento está promovendo tensão e tem criado pressão pelas preocupações com segurança, saúde e dinheiro. E está aumentando o isolamento das mulheres com parceiros violentos, separando-as das pessoas e dos recursos que podem melhor ajudá-las.”
Mas o problema não está apenas na pandemia do novo coronavírus. Segundo estudo divulgado pela instituição, no ano anterior à pandemia, 243 milhões de mulheres – entre 15 e 49 anos – sofreram violência física ou sexual, causada por um parceiro íntimo, ou seja, dentro de casa.
Dados da segunda edição do estudo Estatísticas de Gênero do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), mostraram que, em 2019, apenas 54,5% das mulheres faziam parte da força de trabalho no Brasil. Para os homens, esse número saltou para 73,7%. A força de trabalho é representada por todas as pessoas que estão empregadas ou procurando emprego.
“No Brasil, em 2019, as mulheres dedicaram aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos quase o dobro de tempo que os homens (21,4 horas semanais contra 11 horas). Embora na Região Sudeste as mulheres dedicassem mais horas a essas atividades (22,1 horas), a maior desigualdade se encontrava na Região Nordeste”, mostrou o estudo.
A Central de Atendimento à Mulher – disque 180 – está disponível diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
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