Hoje, 11 de agosto, é celebrado o Dia do Advogado e o Tribuna de Jundiaí ouviu dois profissionais com histórias bem diferentes, para compartilhar as experiências e amor pela advocacia.

20 anos de história e crescimento

Thábata Fernanda Suzigan escolheu ser advogada quando ainda era bem jovem. Hoje, com 20 anos na carreira, representa a classe como presidente da 33ª Subsecção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Jundiaí.

Quando ela escolheu a profissão, Thábata conta que não entendia o Direito como vê hoje. “Na verdade, nem imaginava a grandiosidade dessa profissão”.

Desde então, ela já atendeu inúmeros clientes e viu muitas vidas mudarem com a ajuda dela. Não é nada fácil, a advocacia é uma carreira desafiadora mas, acima das dificuldades e barreiras, o sentimento de um caso concluído com sucesso é, entre muitos, de gratidão.

“São muitos casos, mas todos guardam uma importância e singularidade. É muito gratificante ver no final do processo que a Justiça para aquele caso específico foi feita”, destaca.

Assim, com talento e inteligência, Thábata foi subindo os degraus e hoje vê que tudo valeu a pena, quando sabe que o trabalho é reconhecido. “Todo início de carreira é difícil e na advocacia não é diferente: é árdua, doída, mas quando se faz com respeito e amor , inexiste a vaidade e as vitórias serão meras consequências”.

“Geralmente, dizemos que a ascensão é quando conseguimos ganhar dinheiro exercendo a profissão, mas para mim não foi só isso. Meu momento de ascensão foi quando passei a ser reconhecida profissionalmente“.

A sensação de gratidão ao final de cada dia se une a outro sentimento: “Amo ser advogada e amo estar hoje como representante de classe à frente da OAB Jundiaí”.

Protagonismo e mudança de carreira

Diferente de Thábata, Carlos Gustavo Leme Beraldi entrou na advocacia depois de uma carreira já consolidada no jornalismo. Ele conta que atuava como repórter em jornais impressos, mas o mercado começou a mudar e ele já não se via mais trabalhando na área.

Estudando sobre novas possibilidades de carreira, tinha uma coisa certa em mente: o objetivo sempre foi fazer a diferença na vida das pessoas.

“Enquanto atuava como repórter, o que mais me satisfazia eram as pautas relacionadas à ajudar alguém, como aquelas em que o Poder Público faltava com as obrigações na área da saúde, na educação. Como jornalista, expunha o problema na matéria e obtinha uma resposta positiva para a pessoa que necessitava. Isso era um prêmio para mim”, explica.

“Decidi fazer outra faculdade e optei pelo Direito porque queria continuar fazendo a diferença na vida das pessoas, buscando justiça. Só que agora, ao invés de mostrar o problema e pedir solução, eu mesmo a busco por meio do Poder Judiciário”.

No início da empreitada no Direito, Beraldi atuou em diversas áreas. Mas, acumulando alguns anos de experiência, se especializou na área cível, principalmente em ações imobiliárias, de proteção ao consumidor e área trabalhista.

Uma das mudanças que ele notou foi o método de trabalho. Enquanto no jornalismo atuava em conjunto com uma equipe que complementava o serviço, na advocacia o que prevalece é a ação individual.

“Como advogado, percebi que o Direito, em geral, se exerce muito mais sozinho, com as teses e petições, do que em parceria – embora tenha sempre meus conselheiros (amigos advogados) para dar uma visão diferenciada do problema”, relata.

“Outra mudança muito significativa trazida pela advocacia foi a paciência. Enquanto jornalista, a corrida para ser o primeiro a dar uma notícia era lei. Como advogado, aprendi a cumprir e utilizar os prazos processuais a favor do cliente, aguardar o melhor momento para uma manifestação no processo, traçar estratégia de defesa que, muitas vezes, vai contra àquela correria do jornalismo. Ou seja, a advocacia me tornou uma pessoa mais calma e emotivamente controlada“, destaca o profissional.

De acordo com ele, trocar de área de atuação mudou muito a vida. Mas isso não quer dizer que seja algo negativo. “Digamos que, assim como já foi com o jornalismo, estou em um compromisso sério com a advocacia”.