O atual formato do Consórcio Intermunicipal de Aterro Sanitário (Cias) passará por estudo para a transformação em consórcio público, e com isso, o protocolo de intenção foi assinado em reunião realizada no Paço Municipal de Jundiaí, nesta quarta-feira (11), e tem por objetivo inovar na gestão do trabalho que é realizado há décadas, integrando as cidades de Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Cajamar, Vinhedo e Louveira, reduzindo custos e ampliando as potencialidades de cada cidade, inclusive com a possibilidade de geração de renda agregada.

“O Cias foi criado para o cuidado do lixo das cidades. Agora tem a oportunidade de, a partir deste passivo, avançar com mais oportunidades para os municípios integrantes, podendo ampliar a atuação para mais cidades e novas frentes de atuação com a transformação em consórcio público”, comentou o prefeito Luiz Fernando Machado. O protocolo foi assinado pelos prefeitos e encaminhado para o desenvolvimento do estudo, para então, ser apresentado às Câmaras de cada cidade para a votação dos vereadores.

De acordo com o gestor de Governo e Finanças de Jundiaí, José Antonio Parimoschi, com a implementação do Marco Regulatório de Saneamento entre outras legislações, a alteração para consórcio público proporcionará redução de custos a partir de geração de receitas agregadas. “Temos um consórcio montado e com atuação sólida. Inovar com a transformação para atuação pública proporcionará às cidades economia de custos em processos que hoje demandam investimento das administrações para o custeio, por exemplo”, detalhou o gestor que, também cita a criação da Região Metropolitana de Jundiaí como mais um fator de fomento para a adequação do modelo de governança adotado pelo Cias.

Representante do Instituto Cidades Inteligentes, Luigi Longo, também participante da reunião, apresentou dados relevantes em relação aos resíduos sólidos. “Quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a geração média de lixo diária. No Brasil, atualmente, a média é de um quilo por dia por pessoa. Esse resíduo tratado em um consórcio público se transforma em oportunidade de geração de emprego, segurança no trabalho, capacitação de profissionais, solução ambiental, além de reduzir custos às cidades no que se refere a coleta, transporte, tratamento, destinação e educação”, detalha.