Em reunião realizada nesta sexta-feira (12), a equipe da Prefeitura de Jundiaí composta por gestores e técnicos apresentou a primeira versão da política pública integrada para população com Transtorno do Espectro Autista (TEA), para mães que compõem o Grupo de Trabalho TEA (GT) que tem filhos matriculados na rede municipal de ensino.

Composta por ações das áreas de educação, saúde, assistência social e esporte e lazer, articuladas de forma intersetorial, a proposta conclui uma primeira etapa do processo de escuta e construção conjunta entre Poder Público e o grupo de mães, iniciado em março de 2023.

Dentre as propostas apresentadas, constam a ampliação dos profissionais de apoio e equipe multidisciplinar nas unidades escolares, intensificação das formações e qualificações ofertadas aos profissionais da educação, revisão, qualificação e padronização dos protocolos de serviços utilizados pelas escolas às crianças com TEA e apoio às famílias, além do acompanhamento constante daquelas em situação de vulnerabilidade e o aumento da capacidade de atendimento do PEAMA.

Na área da saúde, há a previsão de ampliação do convênio existente com a APAE Jundiaí a partir de julho de 2023, assegurando uma maior capacidade de atendimentos e diagnósticos mensais, com investimento mensal de R$ 570 mil.

Estiveram presentes na reunião os gestores José Antonio Parimoschi (Governo e Finanças), Vastí Ferrari Marques (Educação), Tiago Texera (Saúde) e Maria Brant (Assistência e Desenvolvimento Social), além de diretores e técnicos das áreas responsáveis pela proposta. Ainda participaram o Assessor de Políticas para Pessoas com Deficiência, Marco Antonio dos Santos, presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Filipi Lima, e a Assessora do vereador Adriano Santana dos Santos, o  Dika Xique-Xique, Aline Cristina Antonio de Souza.

“Fizemos uma ampla atualização dos protocolos setoriais de serviços e integramos as ações em uma política pública intersetorial, para ampliar a oferta e melhorar a qualidade do atendimento às crianças com Transtorno do Espectro Autista. Vale lembrar que se trata de uma primeira versão, que foi validada junto com os pais que compõem o GT. O trabalho continua para que possamos incrementar as ações e evoluir na prestação de serviços nessa área tão sensível para as famílias ”, avalia Parimoschi.

A reunião foi avaliada positivamente pelos pais, que ressaltaram a importância do trabalho coletivo. “O Transtorno do Espectro Autista é complexo, portanto, é importante que os pais que vivem o dia a dia tenham voz na construção das políticas públicas. Juntos com o poder público iremos construir propostas adequadas para todos”, comenta uma das integrantes do Grupo de Trabalho, Daiane Soares da Silva Gonçalves.

O grupo voltará a se reunir nos próximos meses, dando continuidade à construção e melhoria da política pública.