“Não sabemos se ele vai se recuperar, se terá sequelas”. Este é o sentimento de incerteza que predomina na família do jundiaiense José Aparecido Alves da Silva, 53 anos, vítima de traumatismo craniano após acidente de trabalho, ocorrido em Rondônia. Como ele está totalmente dependente para executar funções básicas, a família pede ajuda por meio de uma vaquinha online para poder continuar o tratamento e conseguir renda para viver até voltarem para casa.

A esposa de José, Cleuza Lemos Quintal da Silva, de 57 anos, e o filho Bruno saíram de Jundiaí para ajudá-lo. O problema é que, com José em recuperação e a ida da mãe e do filho para lá, o restante da família ficou sem nenhuma renda fixa – eles têm apenas uma ajuda para manter os gastos médicos.

Agora, mãe e filho aguardam os exames de perícia do INSS e a conclusão de um processo do acidente para conseguirem o benefício e cuidar de José. Mas, enquanto nada é resolvido em Rondônia, não podem voltar para Jundiaí. “Tive que largar o meu ‘serviço’ para vir a Rondônia ajudar nos cuidados, então minha renda também não existe mais. Enquanto não sair nenhum benefício relacionado ao acidente, as coisas serão bem complicadas”, desabafa Bruno.

Segundo ele, nenhuma previsão foi dada de quando os recursos serão disponibilizados à família. “Como ele não têm condições de responder, minha mãe precisa ser a tutora. Estamos aguardando a liberação do juiz, mas devido à pandemia isso está demorando mais do que o costume”.

Vaquinha online

Mesmo entre os diversos obstáculos burocráticos e financeiros, Bruno, Cleuza e o restante da família de José não perderam as esperanças nem por um minuto. Por isso, decidiram criar uma vaquinha online, para arrecadar um valor que ajudaria a família a se manter e seguir com os tratamentos de José até uma nova solução.

A meta de arrecadação é R$ 40 mil, que ajudará a família até que possam voltar para Jundiaí. Clique aqui para acessar a vaquinha online e contribuir.

“Como eles moram em área rural, precisam ir até a cidade fazer as seções de fisioterapia e fono. Mas a cidade onde isso é feito fica há 71 quilômetros de distância. Os gastos se resumem a isso: seções de fisioterapia, fono, remédio e condução”, explica Bruno.

Adaptação à nova realidade

O acidente aconteceu dia 12 de janeiro de 2021, quando José reformava o telhado do curral de uma fazenda, durante o trabalho. Ele se desequilibrou e caiu de uma altura de 4 metros, batendo forte com a cabeça no chão. Por causa do impacto, houve um traumatismo chamado “lesão axonal difusa”. Ele ficou 33 dias em coma induzido e agora está em processo de reabilitação.