Na última semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir deste mês de junho, a conta de luz ficará mais cara para os brasileiros. Neste período, o país estará no patamar 2 da bandeira tarifária, o mais caro do sistema.

A medida tomada pelo órgão reflete o menor nível de armazenamento de água nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste do país desde 2015. Esses setores respondem por mais da metade da capacidade de geração de energia do Brasil.

Segundo informações do governo federal, nas duas regiões, o último período de chuvas intensas foi o mais seco em 91 anos. Com os níveis baixos de água, é necessário acionar usinas termelétricas, que usam queima de combustíveis (carvão e diesel) para a geração de energia. Esse processo poupa o uso da água mas, além de mais poluente, é mais cara, e isso reflete no bolso no brasileiro também.

De acordo com essas informações, todos os consumidores do Brasil deverão pagar mais R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos. Essa é a primeira vez neste ano que a bandeira vermelha nível 2 é acionada. Em maio, vigorou no país a bandeira vermelha 1, que cobra um valor adicional de R$ 4,16 para cada 100 kWh consumidos.

Ainda assim, com o baixo nível de reservatórios e baixa perspectiva de chuva para os próximos meses, o governo brasileiro descarta a possibilidade de ocorrer um apagão este ano. No entanto, não se descarta medidas emergenciais para a garantia do fornecimento de energia.