A última semana do inverno será marcada por uma forte onda de calor em grande parte do Brasil, com temperaturas entre 40ºC e 45°C, dependendo da região. As marcas esperadas entre esta semana e a próxima superam em muitos os valores médios históricos de temperatura máxima em todas as cinco regiões do país, com possibilidade de quebras de recordes absolutos.
Esse episódio excepcional de calor deve-se a uma massa de ar extremamente quente que vai cobrir o país nos próximos dias, por conta de um bloqueio atmosférico que não deixará as frentes frias passarem do Rio Grande do Sul. O calor será frequente e intenso, sobretudo em áreas do interior de Santa Catarina, no estado do Paraná, em grande parte da Região Sudeste, no Centro-Oeste, no interior do Nordeste e também nos estados de Rondônia, Tocantins e em áreas do Pará e do Amazonas.
Nas capitais do Paraná, de São Paulo e do Rio De Janeiro, o pico do calor extremo é esperado para o próximo fim de semana, nos dias 23 e 24 de setembro, podendo atingir marcas históricas de calor. Pelo interior do país, o calor extremo deve ainda se estender por toda a segunda quinzena de setembro.
Cidades do interior de São Paulo, especialmente do oeste, noroeste e norte do estado, podem registrar vários dias com temperatura na casa dos 40°C. Em Jundiaí, as máximas previstas ficam entre 34ºC e 35ºC, podendo atingir 36ºC na próxima semana.
O pior do calor deve ocorrer no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul com temperaturas acima dos 40ºC, e em algumas áreas podem atingir marcas extremas como 43ºC a 45ºC. Temperaturas perto ou acima dos 40ºC devem se alcançadas em muitas cidades do Norte, Sudeste e de alguns estados do Nordeste.
Essa onda de calor excepcional traz um grande perigo à saúde e à vida, especialmente com riscos para a população vulnerável, como enfermos e idosos.
Quebra de recordes históricos
Recordes mensais e em algumas cidades até absolutos podem cair durante estes dias de calor extremo. A maior temperatura já registrada oficialmente no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em novembro de 2020.
Serão muitos dias de calor intenso a extremo no estado de São Paulo. A temperatura ficará perto ou acima de 40ºC no interior, e na capital há chance de marcas acima de 37ºC a 39ºC. Por isso, é possível que a capital e outras cidades paulistas tenham recordes históricos de máximas não apenas para setembro como absolutos para toda a série histórica.
O dia mais quente registrado na cidade de São Paulo no mês de setembro foi de 37,1ºC, em 2020. Trata-se da segunda maior máxima da série histórica, atrás apenas dos 37,8 ºC de 17 de outubro de 2014.