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Revolução Constitucionalista: por que 9 de julho é feriado em São Paulo?

O movimento, que completou 92 anos em 2024, foi um dos maiores levantes cívico-militares do Brasil. Conheça.

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Revolução Constitucionalista de 1932
Foto: Câmara Municipal de Piracicaba

O feriado do dia 9 de julho, em São Paulo, relembrar um capítulo importante de sua história: a Revolução Constitucionalista de 1932. Esse movimento, que completou 92 anos em 2024, foi um dos maiores levantes cívico-militares do Brasil, e é considerado um marco na luta pela democracia e pelo estado de direito no país.

O que foi a Revolução Constitucionalista de 1932?

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma revolta armada liderada principalmente por cidadãos paulistas, que se insurgiram contra o governo provisório de Getúlio Vargas. Após a Revolução de 1930, Vargas assumiu o poder com a promessa de modernizar o país e realizar reformas, mas instaurou um governo provisório, adiando indefinidamente a promulgação de uma nova Constituição.

Outra causa do conflito foi a ruptura da política do “café com leite”, a alternância de poder entre as elites de Minas Gerais e São Paulo, que caracterizou a República Velha (1889-1930).

Insatisfeitos com a ausência de um marco constitucional e se sentindo marginalizados politicamente, diversos setores da sociedade de São Paulo começaram a organizar um movimento de oposição, que se estendeu para outros estados como Minas Gerais, Alagoas e Rio Grande do Sul. 

O estopim para a revolta foi a morte de quatro estudantes durante um protesto contra o governo, os chamados “MMDC” (Mario Martins de Almeida, Euclydes Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo de Camargo Andrade). A partir daí, o clamor por um governo constitucional se intensificou, resultando no conflito armado em 9 de julho de 1932.

A revolução durou cerca de três meses, mobilizando aproximadamente 35 mil combatentes paulistas contra as forças federais, que contavam com cerca de 100 mil soldados. Embora os insurgentes tenham demonstrado coragem e determinação, a superioridade numérica e logística das tropas governamentais acabou prevalecendo.

Em 2 de outubro de 1932, os líderes da revolução decidiram capitular, reconhecendo a derrota. Contudo, apesar da derrota militar, o movimento conseguiu alcançar parte de seus objetivos políticos. A pressão exercida pelos paulistas contribuiu significativamente para que Getúlio Vargas convocasse uma Assembleia Constituinte, que resultou na promulgação de uma nova Constituição em 1934.

O legado da Revolução Constitucionalista

A Revolução Constitucionalista de 1932 deixou um legado profundo para o estado de São Paulo e para o Brasil. Ela simboliza a luta pela legalidade e pelo estado de direito, sendo lembrada anualmente como um momento de reflexão sobre a importância da democracia e da participação cidadã na política.

O feriado de 9 de julho é marcado por diversas homenagens e eventos, incluindo desfiles cívico-militares, cerimônias de lembrança aos combatentes e atividades culturais que recontam a história do movimento. O Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, é o principal monumento dedicado aos heróis constitucionalistas, abrigando inclusive os restos mortais dos quatro estudantes do MMDC.

Jundiaí participou da Revolução Constitucionalista

Jundiaí e sua participação na Revolução Constitucionalista de 1932
Foto: Acervo Professor Maurício Ferreira

Jundiaienses também foram marchar contra a ditadura de Getúlio Vargas, endossando o movimento estadual pautado pelo ideal democrático e constitucional.

Em Jundiaí, os soldados partiram no dia 17 de julho, após despedida na região do Largo São Bento – hoje Praça Tibúrcio Estevan de Siqueira -, acompanhados por uma multidão. De lá, eles marcharam em direção à Estação Ferroviária. No dia 23 de julho, mais um grupo de jundiaienses fez o mesmo trajeto.

A cena inspirou um dos trechos do Hino de Jundiaí, composto naquele mesmo ano por Haidée Dumangin Mojola: “Terra gentil, altruísta, de ti me orgulho, pois és bem Paulista! Teus filhos com devoção marcham pr’a luta como heróis, cheios de fé em tua oração“. diz o trecho.

Bombardeios por aviões do governo eram comuns e um deles atingiu Jundiaí, em 16 de setembro daquele ano.

Em homenagem ao movimento, uma das avenidas mais importantes da nossa cidade, a 9 de Julho, conta com a estátua de um soldado constitucionalista.

Saiba mais sobre a participação de Jundiaí na Revolução Constitucionalista clicando aqui.

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