
No último sábado (22), o atleta jundiaiense Antonio Augustto, de 25 anos, conquistou um feito histórico no esporte nacional ao se tornar bicampeão brasileiro de Flag Football pelo clube carioca Flag Kings. Após o primeiro título em 2024, a equipe voltou a erguer a taça em 2025, desta vez de forma invicta, consolidando-se como uma das maiores forças da modalidade no Brasil.
Em entrevista exclusiva ao Tribuna de Jundiaí, Antonio relembrou a trajetória da equipe até o bicampeonato e destacou os fatores que sustentaram a evolução do time na temporada.
Confiança, experiência e sinergia: a base do bicampeonato
Segundo Antonio, a confiança construída a partir do primeiro título foi o principal alicerce da nova conquista. A vivência de 2024 permitiu que o grupo estivesse mais preparado para lidar com adversidades ao longo da campanha.
“O time ganhou confiança e isso foi o núcleo da evolução. A experiência do primeiro título deu vivência, preparo e respostas para enfrentar situações adversas”, explicou. Ele ressaltou ainda que a equipe entrou na temporada com “a ousadia de quem faz algo pela primeira vez, mas com a sabedoria acumulada”.
A sinergia do elenco também foi apontada como decisiva. Do atleta mais experiente ao recém-chegado, todos tiveram papel fundamental. “Cada elo foi importante nessa trajetória, nos treinos e nos jogos. O que mudou foi estarmos mais preparados para os novos desafios”, afirmou.
O peso da camisa e a emoção de entrar para a história
Para Antonio, a magnitude do bicampeonato vai além das quatro linhas. Ele reconhece que ainda é difícil dimensionar o significado de ser campeão de um país inteiro — e, agora, bicampeão invicto.
“O peso é gigantesco, quase impossível de mensurar. Ser bicampeão torna tudo ainda maior, principalmente pela história do Flag Kings”, disse. O atleta destacou a carga emocional envolvida, especialmente pelos jogadores veteranos que lutam há mais de uma década pelo título. “Há um peso emocional enorme pelos atletas que pavimentaram essa história. O título honra quem veio antes, quem está agora e quem ainda virá”.
Mesmo com a campanha perfeita, Antonio revelou que a invencibilidade nunca foi uma meta traçada. “Em nenhum momento planejamos ser campeões invictos. O segredo foi respeitar cada adversário e nunca agir com soberba. A invencibilidade aconteceu naturalmente, por humildade e foco”, contou.

Referência, inspiração e sonhos para o futuro
A evolução contínua do Flag Kings, segundo o atleta, passa diretamente pela energia coletiva e pela cultura interna do grupo. A chamada cultura do “saco solto” preza por leveza, união, diversão e seriedade no trabalho diário.
“O principal fator é a energia e a sinergia do time. Todos têm o mesmo propósito, dentro ou fora de campo. Cada papel importa, desde marcar um touchdown até segurar uma garrafa de água”, afirmou. Para ele, essa comunhão permite que o time quebre recordes e se torne referência nacional.
Antonio também destaca o impacto do clube na formação de novas gerações. “Eu já fui inspirado por atletas com quem hoje jogo lado a lado. Receber mensagens de pessoas que querem treinar, jogar ou aprender mostra essa renovação constante. Jovens veem o time como referência e miram mais alto”.
O objetivo coletivo permanece claro: continuar sendo referência no esporte. “O time já cumpre esse papel pelos feitos dentro e fora de campo. Tudo o que vier é para somar”, afirmou. No plano pessoal, Antonio sonha em seguir competindo em alto nível e, quem sabe, vestir a camisa da Seleção Brasileira no futuro. “Quero influenciar positivamente dentro e fora de campo. Sonho em disputar um Sul-Americano, um Mundial ou até uma Olimpíada defendendo o nosso país”.
Com o bicampeonato invicto, Antonio Augustto e o Flag Kings não apenas consolidam uma era vitoriosa no Flag Football brasileiro, como também reforçam seu papel como referência esportiva e fonte de inspiração para atletas de todo o país.