A Samsung informou neste domingo (horário local), que o presidente da companhia, Lee Kun-hee, morreu aos 78 anos. Segundo o comunicado, o CEO já estava hospitalizado, em Seul, e passou os últimos momentos cercado da família.

Porém, a causa da morte ainda é desconhecida. Kun-hee foi hospitalizado em maio de 2014, por causa de um ataque cardíaco. A partir de então, começou um procedimento para evitar material tóxico nos vasos sanguíneos, para desacelerar o metabolismo. Lee se recuperou de um câncer pulmonar, ainda nos anos 1990.

Com a doença de Kun-hee, seu filho Lee Jae-yong lidera agora a multinacional.

Construção de um império

Lee Kun-hee nasceu em 1942, e colaborou com a pequena empresa de seu pai, Lee Byung-chull, até transformá-la no maior conglomerado sul-coreano. Assumindo a liderança em 1987, Lee acompanhou toda a transição da empresa que fabricava televisores até o império da maior produtora de chips de memória e smartphones.

Assim, ele se tornou o homem mais rico da Coreia do Sul. De acordo com o Bloomberg, o magnata tinha a fortuna estimada em US$ 20,7 bilhões.

Além disso, Lee também se envolveu em polêmicas com pagamento de propina a ex-presidentes. Como, por exemplo, Lee Myung-bak, governante da Coreia do Sul entre 2008 e 2013. Em 2018, Myung-bak foi condenado a 15 anos de prisão por ter aceito cerca de US$ 5,4 milhões em propinas da Samsung, pago para conceder perdão por sonegação de impostos do dono da empresa.

Até o filho do CEO acabou sendo condenado a 5 anos de prisão, em 2017, por pagamento de propinas a outro presidente, Park Geun-hye, que sofreu impeachment. Porém, deixou a prisão no outro ano.

Por causa das relações entre a Samsung e o poder sul-coreano, fizeram com que a empresa se tornasse um grande agente no desenvolvimento do país. Assim, a empresa sozinha é responsável por 20% do capital na maior bolsa de valores da Coreia do Sul.